Você sabia que a medicina também vem se beneficiando do uso de robôs em suas práticas? A cirurgia robótica é uma tecnologia que alia precisão, controle e segurança para oferecer melhores resultados cirúrgicos tanto para médicos quanto para pacientes.
Mas afinal, você sabe como funciona essa prática? Quais são as vantagens e tipos de aplicação? Vamos responder a essas e outras perguntas ao longo deste artigo.
O QUE É CIRURGIA ROBÓTICA?
Cirurgia robótica é um tipo de procedimento minimamente invasivo no qual o cirurgião utiliza um sistema robótico para realizar a operação com mais precisão e controle. É importante destacar que, embora o robô execute os movimentos, é o médico quem comanda cada ação, geralmente a partir de uma estação de controle equipada com visão 3D e alta definição.
A principal diferença em relação às cirurgias tradicionais é a possibilidade de realizar movimentos mais precisos, com menor tremor e maior amplitude, mesmo em espaços anatômicos difíceis. Portanto, essa tecnologia permite incisões menores, menos trauma nos tecidos e, consequentemente, uma recuperação mais rápida.
COMO FUNCIONA UM ROBÔ CIRURGIÃO?
O robô cirurgião é um sistema composto por três partes principais:
- Console do cirurgião: onde o profissional comanda a cirurgia, sentado confortavelmente e com acesso a imagens em 3D do local operado.
- Torre robótica: possui de três a quatro braços mecânicos que seguram os instrumentos cirúrgicos e a câmera.
- Sistema de visualização: fornece imagens ampliadas em alta resolução do campo operatório, permitindo melhor análise dos tecidos.
O sistema mais conhecido mundialmente é o Da Vinci, mas há outras plataformas sendo desenvolvidas e utilizadas em centros médicos de ponta.
O robô de cirurgia robótica replica com fidelidade os movimentos do cirurgião, mas com maior estabilidade e capacidade de realizar cortes milimétricos. O sistema também pode limitar movimentos para evitar ultrapassagens de áreas seguras.
CIRURGIA CONVENCIONAL, LAPAROSCÓPICA E ROBÓTICA: ENTENDA AS DIFERENÇAS
A cirurgia convencional é aquela realizada por meio de grandes incisões, exigindo ampla exposição do campo operatório. Já a laparoscopia, introduzida com sucesso nos anos 1980, reduziu significativamente o tamanho das incisões, utilizando uma câmera e instrumentos longos manipulados pelo cirurgião.
A cirurgia robótica pode ser vista como uma evolução da laparoscopia. Ela mantém os benefícios das incisões menores, mas supera limitações de ergonomia e mobilidade dos instrumentos. Enquanto na laparoscopia os movimentos são mais restritos, o robô permite articulações que imitam ou até superam os movimentos da mão humana e com isso, proporciona maior precisão e menos fadiga para o cirurgião.
VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA PARA PACIENTES E PROFISSIONAIS
Para os pacientes, as vantagens são:
- Menores incisões e cicatrizes discretas.
- Redução de sangramentos e dor pós-cirúrgica.
- Menor risco de infecções.
- Recuperação mais rápida e menor tempo de internação.
Para os profissionais da saúde, o uso dos robôs cirúrgicos traz:
- Melhor ergonomia, evitando posições desconfortáveis.
- Maior precisão e controle dos instrumentos.
- Redução da fadiga em cirurgias longas.
- Visualização ampliada e em 3D, facilitando a tomada de decisões.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES CLÍNICAS
A cirurgia robótica já está consolidada em várias especialidades médicas. Sua principal aplicação é na área de urologia, sendo utilizada principalmente no tratamento do câncer de próstata e dos rins.
Além disso, é utilizada ainda na ginecologia, cirurgia de cabeça e pescoço, na cirurgia torácica, oncológica, pediátrica e também na coloproctologia.
Na cirurgia cardíaca, o robô permite intervenções como revascularização do miocárdio de forma minimamente invasiva.
A tendência é de ampliação contínua, conforme novas tecnologias se tornam disponíveis e os custos diminuem.
O FUTURO DA CIRURGIA ROBÓTICA E A INTEGRAÇÃO COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O avanço da cirurgia robótica não está restrito à mecânica dos braços articulados. A próxima fronteira inclui a integração com inteligência artificial (IA), que permitirá desde a análise de imagens em tempo real até a sugestão de decisões clínicas baseadas em dados históricos e aprendizado de máquina.
Além disso, sistemas de realidade aumentada e simulação virtual têm sido incorporados ao treinamento cirúrgico, tornando a curva de aprendizagem mais segura e eficiente. Com o tempo, espera-se que a IA atue como copiloto nas cirurgias, reconhecendo padrões anatômicos, sugerindo rotas de dissecção e prevenindo erros em tempo real.
Essa sinergia entre robótica e IA é promissora, especialmente em um cenário onde a precisão, a previsibilidade e a segurança são cada vez mais valorizadas. E com o desenvolvimento de robôs colaborativos adaptados ao ambiente médico, como os oferecidos pela Universal Robots em projetos de pesquisa e desenvolvimento, novas possibilidades se abrem para integrar essa tecnologia de forma escalável, flexível e acessível.
Se sua instituição está interessada em explorar as possibilidades da robótica colaborativa na área médica, entre em contato com nossos especialistas.