Neste artigo, iremos abordar o corte de custos industriais sem a necessidade de redução de força de trabalho humano e melhoria dos processos gerenciais. Continue a leitura e confira as seguintes informações sobre o assunto:
- O básico sobre custos industriais
- Principais custos industriais
- Redução de custos industriais em operações humanas
O básico sobre custos industriais
O acompanhamento dos custos industriais é um aspecto fundamental da gestão de qualquer manufatura, independentemente do tamanho ou setor. Analisar os gastos envolvidos na produção de bens inclui matéria-prima, mão de obra, energia, aluguel, custos administrativos, contratações, demissões, assinaturas de produtos ou programas e muitos outros custos mais, incluindo valores variáveis.
Uma gestão eficiente de custos industriais impacta na saúde financeira das fábricas e permite um controle rigoroso sobre os gastos - o que ajuda a aumentar a lucratividade.
Dicas importantes para a gestão dos custos industriais incluem:
- Realizar um planejamento estratégico dos custos e estabelecer metas claras para redução de despesas;
- Monitorar constantemente os gastos e compará-los com as metas estabelecidas;
- Identificar os custos mais significativos e priorizar ações para reduzi-los;
- Buscar alternativas para reduzir o consumo de recursos, como energia e matéria-prima;
- Implementar tecnologias e processos que aumentem a eficiência e a produtividade, reduzindo os custos de produção;
- Negociar com fornecedores e buscar preços mais vantajosos;
A seguir, detalharemos mais os principais custos industriais e como se traduzem nas manufaturas modernas.
Principais custos industriais
A seguir, uma descrição sobre os principais custos industriais associados às manufaturas ao redor do mundo. Listamos todas elas de maneira bem direta, confira.
1. Custo de mão de obra
Os custos de mão de obra nas manufaturas estão associados a diversos aspectos, e não apenas aos óbvios como salários e encargos.
Um trabalhador em linha precisa de treinamento para executar suas tarefas plenamente, precisa de alimentação, transporte, plano de carreira e um acompanhamento eficiente para que haja retenção de talentos.
Além disso, dentro do custo de mão de obra inserimos também aspectos como indenizações por acidentes, tempo parado para recuperação, adição de medidas de segurança para evitar ferimentos em humanos e paralisação de linhas e muito mais.
Dentre os custos industriais, a mão de obra é sempre a primeira a ser visada durante os períodos de crise, e as empresas acabam optando por demissões em massa para manterem seu funcionamento.
Contudo, essa insegurança reduz o interesse dos trabalhadores nas funções e diminui a retenção de talentos. Demissões também geram custos associados aos desligamentos e posteriores novas contratações para as vagas vazias.
Por isso, aqui na Universal Robots, mesmo trabalhando com automação robótica colaborativa, entendemos que os seres humanos estão no centro de todas as operações de manufatura.
2. Custo de estoque
Estoques vivem sob um equilíbrio tênue. A produção em excesso gera custos extras de armazenamento para impedir que os bens produzidos sofram algum tipo de problema e sejam perdidos (alimentos estragados, produtos danificados etc).
Já a produção escassa, por estimativa de demanda de mercado incorreta, pode exigir da empresa um trabalho em overtime: horas extras, 3º turno e mais.
É necessário realizar uma boa gestão de espaço, inventário, segurança e logística de transporte para garantir que seja armazenado apenas o suficiente em produtos.
Hoje, diversos modelos de gerenciamento e administração de manufaturas ajudam a diminuir o peso do custo de estoque nas indústrias.
- Leia também: Capacidade ociosa: entenda o que é e como a métrica afeta as indústrias
3. Custo de manutenção
A manutenção preventiva é uma parte fundamental da rotina das fábricas ao redor do mundo, independentemente do tipo de maquinário utilizado.
Contudo, a automação industrial tradicional depende de máquinas difíceis de serem operadas e revisadas, sob necessidade de contratação de profissionais qualificados para essa operação, compra de peças e muito mais.
A melhor maneira de reduzir custos de manutenção sem sacrificar a segurança do espaço de trabalho é na seleção de máquinas para automação cuja manutenção preventiva seja menos necessária e cujo trabalho de revisão não demande muito tempo de linha parada (downtime).
- Leia também: Manutenção industrial: entenda como funciona e quais os principais tipos
4. Custo de energia
O custo energético vem sendo posto cada vez mais em pauta dentro da discussão sobre custos industriais, visto que os debates socioambientais levantam o impacto do consumo pelas fábricas ao redor do mundo.
É impossível trocar de uma hora para a outra todo o consumo energético de um modelo baseado em combustíveis fósseis para um modelo ecossustentável, contudo, pequenas alterações podem começar no chão de fábrica, através da escolha de tecnologias com menos exigência energética e maior produtividade.
5. Custo de inovação
Estar em dia com o mercado global hoje e manter uma fábrica competitiva exige um investimento constante em inovações. Por isso, esse custo industrial vem sendo cada vez mais discutido.
A seleção das melhores tecnologias e alternativas para as fábricas se une aos modelos de gerenciamento dinâmicos e flexíveis no mercado, revisão de indicadores industriais, soluções com menor desperdício e maior produtividade, reavaliação do poder da mão de obra humana na fábrica e muito mais.
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Redução de custos industriais em operações humanas
Um dos principais pontos para redução de custos é nas operações manuais, mas a razão para a substituição de humanos por máquinas não é tão óbvia quanto parece.
Muitos gestores pensam que a automação e os robôs tiram vagas de trabalho de seres humanos, mas a crise de mão de obra qualificada na Europa mostra outro lado: robôs são mais eficientes, precisos e, em alguns mercados, assumem tarefas para as quais não há mais trabalhadores suficientes para suprir todas as necessidades.
Essas operações manuais são repetitivas, monótonas, pouco ergonômicas e podem ser perigosas, o que desestimula a entrada de novos trabalhadores em linha.
Por isso, o melhor a se fazer é inserir um robô (colaborativo, preferencialmente, por motivos que explicaremos a seguir) nessas tarefas e liberar os humanos para posições de maior impacto na linha, usando o que as pessoas têm de melhor: criatividade e capacidade de decisão.
Algumas das operações manuais automatizadas por robôs colaborativos incluem: montagem de peças, embalagem, inspeção de qualidade, paletização, parafusamento, soldagem, alimentação de máquinas e bin picking.
A redução de processos manuais não se aplica apenas ao chão de fábrica, muitos processos administrativos podem ser melhor realizados com a implementação de softwares e ferramentas digitais.
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O uso dos cobots na redução de custos industriais
Os cobots são robôs industriais colaborativos desenvolvidos justamente para operações produtivas cujo processo de automação era deficiente.
Ou seja, nas tarefas de linha que ficavam limitadas a humanos não por necessidade, mas por dificuldade na escolha de uma solução com baixo custo total de aquisição que pudesse se adequar ao layout do chão de fábrica com poucas mudanças, incluindo os impactos de segurança.
Cobots ajudam a reduzir os custos industriais por diversos motivos. Em primeiro lugar, são flexíveis e podem ser implementados de maneiras diferentes em diversos pontos da linha para auxiliar a produção, o que ajuda a espalhar seus outros benefícios pela fábrica. Além disso, são excelentes para produções de alto mix e baixo volume.
Também são precisos e trabalham com cadência muito superior à humana: não precisam de pausas nem de descanso para gerarem uma entrega confiável e precisa a todo momento.
Cobots podem, de acordo com a NR-12 no Brasil e a ISO 15066 no cenário internacional, trabalhar ao lado de trabalhadores humanos sem a necessidade de células de segurança após apreciação de risco, o que reduz custos de implementação pelo baixo impacto no chão de fábrica.
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