Desde que a humanidade começou a sonhar com máquinas autônomas, a robótica tem estado no epicentro de nossa imaginação. As representações variam, desde ameaçadoras entidades de ficção científica a assistentes altruístas em histórias mais otimistas. No entanto, os robôs se tornaram uma realidade inegável em nosso cotidiano.
Para explorar a fundo a fascinante história da robótica, continue a leitura. Confira no artigo:
- As origens da robótica
- Primeiro conceito de robótica
- A era moderna da robótica
- O pioneiro Unimate
- Evolução da robótica industrial
- A chegada dos cobots ou robôs colaborativos
As origens da robótica
A palavra "robô" tem raízes no termo tcheco “robota”, que significa "esforço". Karel Capek, um autor tcheco, foi o pioneiro a usar o termo em sua peça "Robôs Universais de Rossum". No entanto, a ideia de autômatos remonta a figuras históricas como Leonardo da Vinci e Aristóteles.
É no século 20, contudo, que a robótica deixa de fazer parte do imaginário de grandes pensadores e passa a ser ferramenta fundamental para a evolução da indústria global. Neste artigo, abordaremos qual foi o primeiro robô do mundo e como a automação evoluiu a partir dele.
Primeiros conceitos de robótica
A antiga civilização egípcia já havia brincado com a ideia de dispositivos autônomos, como o relógio d'água com figuras humanas. O pombo de madeira de Arquitas de Tarento, as estátuas hidráulicas do Egito Helênico, e a boneca de Petronius Arbiter são todos testemunhos da incessante busca da humanidade por máquinas autônomas.
E as invenções não pararam por aí: inúmeros gênios investiram na criação de simulacros humanos que pudessem realizar tarefas de maneira autônoma, sempre falhando em algum nível graças à falta de uma fonte de energia contínua que pudesse alimentar essas máquinas.
A era moderna da robótica
Na década de 1950, George C. Devol introduziu o "Unimate", um marco na história da robótica industrial. Contudo, foi Joseph Engelberger quem comercializou a ideia, ganhando o título de "Pai da Robótica". Na academia, o Instituto de Pesquisa de Stanford estava fazendo ondas com "Shakey", um robô que poderia navegar autonomamente.
No final dos anos 60, o engenheiro e empresário Joseph Engelberger, comprou a patente de Devol e foi capaz de modificá-la para um braço robótico e, com isso, criou uma empresa chamada Unimation para produzir e divulgar os robôs.
Graças a seus esforços e sucessos, Engelberger é conhecido na indústria como o “Pai da Robótica”.
O pioneio Unimate
No início da era moderna da robótica, o Unimate surgiu como o primeiro robô industrial do mundo. Patenteado em 1961 e instalado pela primeira vez na linha de montagem da General Motors em 1962, o Unimate foi o precursor dos modernos robôs de fabricação.
Ele foi projetado para realizar tarefas repetitivas com precisão, especialmente aquelas que poderiam ser perigosas para os humanos, como a manipulação de peças fundidas a quente.
A General Motors foi capaz de alcançar velocidade de produção nunca antes vista, chegando a 110 carros feitos por hora, mais do que o dobro de qualquer outra marca no mundo.
O exemplo foi suficiente para os europeus seguirem o exemplo. Empresas como BMW, Volvo, Mercedes-Benz, British Leyland e a Fiat instalaram braços robóticos Unimate para realizar tarefas desagradáveis e perigosas a humanos - um benefício muito importante para Engelberger graças à sua paixão pela obra de Asimov.
De um desenho bidimensional até uma revolução industrial e social, o robô Unimate continua sendo uma das contribuições mais valiosas nas últimas centenas de anos não apenas para a manufatura, mas para a civilização como um todo.
Seu legado vivo deu a luz ao mercado que temos hoje. Graças ao Unimate e aos esforços de Devol e Engelberger, o setor de robótica continua se expandindo para além da manufatura, dentro de todas as facetas da vida humana.
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Evolução da robótica industrial
Depois do Unimate, a indústria viu um crescimento exponencial na adoção da robótica. Durante as décadas de 1970 e 1980, as empresas começaram a integrar robôs para aumentar a eficiência, precisão e reduzir custos.
Com a introdução de microprocessadores mais avançados e acessíveis, os robôs tornaram-se mais versáteis e capazes de realizar uma variedade maior de tarefas. Hoje, temos robôs que podem fazer desde a pintura de carros até a montagem de dispositivos eletrônicos minúsculos.
A chegada dos cobots ou robôs colaborativos
Os robôs colaborativos são uma inovação recente na robótica industrial. Eles são projetados para trabalhar em colaboração com humanos, ao invés de substituí-los.
A tecnologia foi apresentada ao mundo pela primeira vez em 2005 pela Universal Robots e entrou no mercado em 2008.
Flexíveis, leves, fáceis de programar e implementar, seguros e com pouco impacto no chão de fábrica, os cobots, como também são conhecidos, continuam o sonho de grandes inventores na busca pela liberação completa dos humanos de tarefas sujas, monótonas, perigosas e repetitivas dentro da manufatura.
Cobots foram desenvolvidos como uma solução tecnológica capaz de libertar trabalhadores de tarefas árduas como parafusamento, soldagem, empacotamento, paletização, bin picking, alimentação de máquinas e outras mais.
A Universal Robots
A UR acredita que a robótica é para todos porque reduzimos drasticamente a fricção em projetos, possibilitando uma automação de menor complexidade.
Por isso, assumimos o desafio de auxiliar a indústria brasileira no caminho da automação industrial inteligente e, em 2019, implementamos uma equipe inteiramente dedicada no país para atender melhor o mercado regional.
Desde então, construímos excelentes casos de sucesso em manufaturas do país e levamos as soluções dos cobots para diversas fábricas em território brasileiro.
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