Interoperabilidade na automação industrial: o que é, tipos e importância

Ninguém tem dúvidas de que a automação evoluiu muito nos últimos anos. Os motivos são vários, como a necessidade de eficiência, precisão e redução de custos. E sabe o que ajudou isso a acontecer? A interoperabilidade na automação industrial, um conceito fundamental para a integração harmoniosa de sistemas e equipamentos variados.

Se você está se perguntando o que isso quer realmente dizer, está no post certo. Por aqui, vamos falar sobre o que é esse conceito, sua importância e tipos mais comuns.

A automação industrial é essencial para aumentar a produtividade e a qualidade na produção, ao mesmo tempo em que reduz erros e melhora a segurança no trabalho. Ela permite às indústrias se adaptarem rapidamente às mudanças do mercado, mantendo-se competitivas e inovadoras.

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É a capacidade de diferentes sistemas e dispositivos operarem juntos de maneira eficiente. A interoperabilidade na automação industrial significa que máquinas, softwares e dispositivos de diferentes fabricantes podem se comunicar e trabalhar conjuntamente sem interrupções ou incompatibilidades.

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Integração e interoperabilidade são conceitos relacionados, mas distintos. A integração envolve a combinação de diferentes sistemas e processos em uma operação unificada. Já a interoperabilidade é a capacidade desses sistemas distintos de se comunicarem e trabalharem juntos de forma eficaz.

Você sabia que investir em interoperabilidade na automação industrial pode trazer vários benefícios. Veja alguns exemplos:

1. Ganhar eficiência operacional

A interoperabilidade na automação industrial faz com que diferentes sistemas e equipamentos possam trabalhar juntos de maneira eficiente. Como resultado, há menos tempo perdido com problemas de compatibilidade.

Isso reduz as tarefas repetidas desnecessariamente, aumenta a produtividade e melhora os processos gerais do trabalho.

1. Ter mais flexibilidade e escalabilidade

Quando os sistemas são interoperáveis, fica mais fácil para uma empresa adicionar novos equipamentos, remover os antigos ou atualizar os existentes. Isso dá às companhias a capacidade de se ajustarem rapidamente às novas necessidades ou mudanças de mercado.

Além disso, elas podem aumentar ou diminuir a escala de suas operações mais facilmente. Isso significa que elas têm a possibilidade de crescer ou se adaptar sem grandes complicações.

1. Possuem inovação e competitividade

A inclusão de novas tecnologias e métodos na produção é incentivada quando existe a interoperabilidade na automação industrial. Empresas que conseguem integrar novas soluções de forma eficaz tendem a se manter competitivas, pois podem se adaptar mais rapidamente às mudanças tecnológicas e às demandas do mercado.

1. Melhoria na tomada de decisões

Ter sistemas que podem compartilhar e analisar informações entre si ajuda na tomada de decisões. Isso porque a empresa pode reunir e examinar dados de diferentes fontes, o que leva a insights mais precisos e decisões mais bem informadas.

1. Redução dos custos

A interoperabilidade na automação industrial pode diminuir os custos relacionados à integração e a manutenção de diferentes sistemas. Quando eles são compatíveis entre si, geralmente precisam de menos ajustes específicos e personalizações, o que reduz os gastos.

Existem três grandes tipos de interoperabilidade na automação industrial. Veja em detalhes:

1. Interoperabilidade técnica

A interoperabilidade técnica é um conjunto de regras e/ou ferramentas e permite que diferentes peças de tecnologia em uma planta industrial trabalhem juntas de forma coesa. Entenda um pouco mais sobre o que ela envolve:

• Compatibilidade física e lógica: capacidade de diferentes dispositivos e sistemas físicos funcionarem juntos. Por exemplo, máquinas de diferentes fabricantes devem ser capazes de se conectar fisicamente através de portas ou conexões sem fio. Também devem ser capazes de "entender" e processar os sinais ou comandos uns dos outros.

• Protocolos de comunicação: são como as "linguagens" que os dispositivos e sistemas usam para se comunicar. Protocolos de comunicação padronizados garantem que essas informações sejam transmitidas e recebidas de forma clara e compreensível, independentemente do fabricante do equipamento.

• Interfaces de hardware (parte física) e software (programas) que permitem a interação entre diferentes sistemas e dispositivos: uma interface bem projetada garante que diferentes tecnologias possam se conectar e operar juntas sem problemas. Isso pode incluir coisas, como: conectores compatíveis, drivers de software e sistemas operacionais que suportam diferentes tipos de hardware.

• Padrões de dados: envolve a padronização de formatos, estruturas de dados e codificação para que as informações possam ser facilmente compartilhadas e compreendidas por diferentes sistemas.

1. Interoperabilidade semântica

É a habilidade dos sistemas de não apenas receber e enviar dados, mas também interpretar o significado deles. Entenda um pouco mais sobre o que ela envolve:

• Compreensão consistente de dados: diferentes sistemas podem usar termos ou formatos de dados variados para a mesma informação. A interoperabilidade semântica garante que, por exemplo, quando um sistema se refere à “temperatura” e outro à “temp”, ambos saibam que estão falando da mesma coisa.
• Reação apropriada aos dados: por exemplo, se um sensor envia um alerta de temperatura elevada, o sistema receptor precisa entender isso como um sinal de potencial perigo e tomar as medidas necessárias, como desligar um equipamento ou alertar um operador.
• Integração de diferentes tecnologias: com a adoção crescente da internet das coisas (IoT) e sistemas baseados em inteligência artificial (IA), a capacidade de interpretar dados de forma semântica é ainda mais importante.

1. A interoperabilidade organizacional

Ela se refere à capacidade de diferentes departamentos, como engenharia, produção, vendas e logística se comunicarem e colaborarem eficientemente. Isso envolve não apenas a tecnologia, mas também processos e políticas organizacionais que permitam essa troca de informações.

Quando diferentes áreas de uma empresa conseguem compartilhar informações de maneira fluida, os processos podem ser otimizados. Por exemplo, o departamento de produção pode se ajustar rapidamente a mudanças nas demandas dos clientes, comunicadas pela equipe de vendas.

A interoperabilidade BIM (Building Information Modeling) refere-se à capacidade de diferentes ferramentas e sistemas de modelagem de informações de construção de trocar e utilizar informações de forma eficiente e eficaz.

Esse conceito é fundamental no setor de construção civil, pois permite a colaboração e a coordenação efetiva entre as diversas disciplinas envolvidas em um projeto de construção, desde o design até a manutenção.

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