Indústria 5.0: o retorno do toque humano

Fábricas inteligentes? Coisas se comunicando? Conheça a verdadeira fábrica do futuro com a "Indústria 5.0".

Indústria 5.0: o retorno do toque humano
Indústria 5.0: o retorno do toque humano

Embora exista um movimento global para criar fábricas inteligentes e fazer com que as coisas se comuniquem digitalmente, uma nova tendência está surgindo no horizonte, com o objetivo de trazer de volta o toque humano na produção. A tendência é apelidada de "Indústria 5.0" ou indústrias colaborativas.

Essa redistribuição da criatividade humana é necessária devido à evolução do mercado e às exigências dos clientes. Isso porque cada vez mais o consumidor exige um alto grau de personalização nos produtos comprados (como visto no setor automotivo, por exemplo).

Os robôs são excelentes na fabricação de produtos em larga escala em processos padronizados. No entanto, a tecnologia sozinha não consegue colocar esse "algo especial" em cada produto. Assim, as indústrias reconhecem a necessidade de trazer de volta o toque humano para os processos produtivos.

Uma ferramenta para produzir tudo 

A automação só pode ser incorporada na produção com utilização de todo o seu potencial a partir da centelha de criatividade humana influenciando os processos. Quando se trata de robôs industriais convencionais, a tarefa só é feita a partir de longos e extenuantes esforços de programação. No entanto, quando se trata da robótica colaborativa, é possível que tecnologia e trabalhadores humanos trabalhem em sincronia.

Essas duas forças se complementam e prosperam juntas, pois o humano pode adicionar o chamado "algo especial", enquanto o robô processa o produto e o prepara para a atenção humana. Dessa maneira, o funcionário é capacitado e usa o cobot como uma ferramenta multifuncional: como uma chave de fenda, dispositivo de embalagem, paletizador etc. Ou seja, no contexto da indústria 5.0, o robô não se destina a substituir a força de trabalho humana, mas a assumir tarefas árduas ou até perigosas.

Assim, os profissionais humanos podem usar sua criatividade para se dedicar a projetos mais complexos. “Já economizamos três anos-homem de trabalho monótono graças aos nossos dois UR5”, diz Sigurdur Runar Fridjonsson, diretor da Mjolkursamsalan Akureyri, maior produtora de laticínios da Islândia.

Na Paradigm Electronics, em Toronto, Canadá, um robô UR10 trabalha lado a lado com o funcionário que cuida do polimento dos gabinetes de alto-falantes:

Os robôs colaborativos são uma nova tecnologia que nos permite ter um humano e um robô trabalhando no mesmo espaço de trabalho. Agora eles estão trabalhando em um tipo de pêndulo de uma operação onde podem interagir com segurança, permitindo que o humano verifique se o robô fez uma quantidade adequada de trabalho antes que o polimento final seja entregue. É um tipo de operação muito prática.

John Phillips, Gerente sênior de serviços de produção da Paradigm

Obviamente, isso significa que os robôs colaborativos precisam ter certas características: eles precisam ser flexíveis, facilmente programáveis ​​e seguros. Somente se essas pré-condições forem atendidas, uma verdadeira colaboração entre humanos e robôs poderá ocorrer e prosperar.

Ao infinito e além

Se eles são usados ​​para mergulhar profundamente abaixo da superfície para recuperar tesouros arqueologicamente valiosos ou para serem enviados para zonas de exclusão para descomissionar resíduos nucleares, os robôs são uma ferramenta resiliente e multifuncional e - graças à tecnologia - podem ser usados ​​como avatares para os humanos alcançarem destinos e executarem tarefas impossíveis de realizar no passado. O conhecimento está disponível, vamos fazer uso dele.

O Surgimento da Indústria 5.0

No Japão foi cunhado o termo Indústria 5.0 e lá concentram-se os esforços pioneiros nesse sentido da implantação desse novo modelo de trabalho. Em linhas gerais, seu objetivo é que humanos e robôs trabalhem juntos em prol de uma sociedade mais saudável, inclusiva e igualitária.

É importante destacar que esse novo modelo de trabalho pretende aproveitar o que há de melhor do emprego da mão de obra humana e robótica, dando espaço e criando novas condições de trabalho para profissionais em todas as idades e níveis educacionais.

A grande defensora dessa ideia, Yoko Ishikura, consultora do Fórum Econômico Mundial, membro executivo do conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Japonês, destaca que a Indústria 5.0 tem os seguintes objetivos: a tecnologia centrada na humanidade para nos ajudar a aproveitar a vida da melhor maneira possível. Defendendo-se três principais pilares: a sustentabilidade, a abertura e a inclusão.

A robótica colaborativa criada no contexto da Indústria 4.0 já se adianta nessa perspectiva, ao possibilitar a divisão do espaço laboral entre cobots e profissionais e ainda por democratizar o acesso à programação, executável por qualquer pessoa que consiga utilizar um smartphone. Além disso, a Universal Robots se compromete em tornar ainda mais viável e acessível esse tipo de tecnologia com opções de financiamentos e cursos (Universal Robots Academy) voltados para o desenvolvimento de habilidades para otimizar o emprego de cobots no chão de fábrica.

Esben H. Østergaard

Esben H. Østergaard, Director de Tecnología de Universal Robots, es responsable de la mejora de los robots UR existentes y del desarrollo de nuevos productos y uno de los creadores del producto.

Desde 2001 a 2005 trabajó investigador y profesor asistente en robótica en la Universidad del Sur de Dinamarca, donde creó la base para la reinvención del robot industrial, que le llevó, ese mismo año, a fundar Universal Robots junto con dos de sus colegas de investigación. Desde entonces, Universal Robots ha obtenido alrededor de 65 patentes de la tecnología del robot. Además de su trabajo como CTO, Esben H. Østergaard participa en proyectos nacionales de investigación y en varias universidades en Dinamarca.

En los inicios de su carrera, trabajó como científico investigador en USC Robotics Labs en el sur de California y también en AIST, en Tokio, como investigador visitante. Durante sus estudios en Informática, Física y Multimedia en la Universidad de Aarhus en Dinamarca, se centró exclusivamente en robótica y se convirtió en campeón mundial de fútbol robótico en 1998.

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