Abaixo, inserimos os principais indicadores de produção industrial relacionados às operações produtivas.
1. Produtividade
Essa é uma das KPIs mais importantes para a manufatura. A KPI de produtividade mede a capacidade de produção de uma máquina, linha ou fábrica, determinando quanto podem produzir em um período específico de tempo.
O cálculo dessa métrica é: Produtividade = Número de Unidades Produzidas / Tempo (horas ou dias)
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2. Tempo de ciclo
O tempo de ciclo é uma KPI bem simples em essência, mas que pode ser transformada em uma ferramenta poderosa.
Na manufatura, tempo de ciclo é o tempo médio para produzir um único produto. Simples, certo? Mas talvez nem tanto quanto pareça. O tempo de ciclo pode ser usado para mensurar o gasto de horas para completar um produto, cada componente individual ou ainda incluir a entrega ao usuário final.
Portanto, o tempo de ciclo pode ser usado para analisar a eficiência geral de um processo de manufatura no cenário macro ou determinar quais são as ineficiências em uma micro escala.
Como exemplo, o tempo de ciclo automotivo costuma ser na casa dos 60s, enquanto a indústria de móveis tem tempo de ciclo de 5-10min.
O cálculo dessa métrica é: Tempo de ciclo = Hora de Término do Processo - Hora de Começo do Processo
3. Previsão de demanda
A previsão de demanda é uma KPI dividida entre a equipe de operação e de venda da empresa. Essa KPI existe no chão de fábrica porque a empresa possui metas de lucratividade e vendedores esperando os produtos ficarem prontos para oferecerem aos clientes.
Assim, vendedores que estão tentando subir a quantidade de vendas em um mês irão influenciar enormemente a previsão de demanda da equipe de operações, impactando o planejamento geral de aquisição de matéria-prima e os prazos de entrega possíveis.
Essa métrica de manufatura é usada por empresas para estimar a quantidade de matérias-primas exigidas para atender às demandas futuras de clientes. É uma KPI um pouco complexa para ser utilizada, pois depende de fatores externos imprevisíveis.
O cálculo dessa métrica é: Previsão de demanda = Matéria Prima * Taxa de Produção
4. Custo evitado
Apesar do nome, essa métrica não é sobre evitar pagar contas e impostos para manter todo o lucro. O custo evitado na manufatura trata de quanto dinheiro é economizado ao investir em algumas estratégias e tecnologias. Parece contraditório? Vamos a um exemplo.
O custo evitado trata, em alguns casos, de quanto é usado em manutenção industrial preventiva para impedir que as máquinas parem e gerem downtime.
Por exemplo: uma operação de montagem de microondas apresenta problema de qualidade na montagem de um cabo interno. Às vezes, a falha será observada apenas no fim do processo, mediante inspeção de qualidade. Esse defeito exigirá retrabalho, que adiciona horas na produção e aumenta a complexidade no processo.
Existem ainda problemas de fácil detecção que são observados no posto seguinte de montagem e não geram tanto custo de retrabalho, mas algumas falhas ainda obrigam o descarte, o que gera um custo de refugo e problemas de sustentabilidade a longo prazo.
Por isso, a KPI de custo evitado trata dos investimentos realizados pelas empresas que reduzem as perdas em processos assim.
O cálculo dessa métrica é: Custo evitado = Custo de Reparo Presumido + Perdas Produtivas - Custo de Manutenção Preventiva
- Leia também: A importância da manutenção preventiva em robôs industriais
5. Tempo de transição
No nível mais básico, tempo de transição representa a quantidade de tempo necessária para trocar de uma tarefa para a outra. Normalmente, na manufatura, representa o tempo perdido na troca de uma linha de produção para a outra. Contudo, também pode representar a quantidade de tempo perdido durante uma mudança de turnos.
Assim, quanto mais rápido o setup, mais rápido a produção é retomada e menores são os custos de downtime.
Por exemplo: às vezes é necessário ajustar uma máquina para um produto diferente, ou trocar a garra do robôcolaborativo para se adaptar a um novo produto, e nesse período a operação é interrompida.
O cálculo dessa métrica é: Tempo de Transição = Tempo Líquido Disponível - Tempo de Produção
6. Taxa de downtime de máquinas
Essa métrica é normalmente usada para dar um panorama geral de como estão as operações, ainda que não ofereça um cenário preciso.
O downtime de máquina é uma combinação de pausas programadas e interrupções inoportunas e não planejadas.
Para as manufaturas, o downtime é o pior cenário possível. Máquina parada significa processo parado, produção interrompida, corte nas vendas e redução dos lucros. Por isso, essa KPI é tão importante.
O cálculo dessa métrica é: Taxa de Downtime de Máquina = Horas de Downtime / (Horas de Downtime + Horas Operacionais)
7. Eficiência geral de equipamento (OEE)
Esse indicador chave de performance é considerado a regra de ouro para medir a produtividade de manufatura. Quanto mais alto seu OEE (Overall Equipment Effectiveness, no original em inglês), melhor.
Uma nota de 100% significa que está produzindo 100% do tempo, a 100% da capacidade e com 100% de qualidade.
O cálculo dessa métrica é: OEE = Disponibilidade * Desempenho * Qualidade