Veja neste artigo qual a história da robótica no Brasil e entenda como o país chegou no patamar de desenvolvimento atual. Continue a leitura e confira:
- A robótica no Brasil atual
- Robótica no Brasil com Cobots
- A história da robótica no Brasil
A robótica no Brasil atual
Para entendermos a robótica no Brasil, primeiro precisamos entender qual o nível atual de automação na indústria do país. Para isso, usamos justamente o Índice de Automação do Mercado Brasileiro, cujo registro mais recente que encontramos foi de 2021, realizado pela GS1 Global Brand.
Índice de automação no Brasil
Esse relatório avalia as competências de 0 a 1 e depois faz a média para os setores de Comércio e Indústria.
Em relação ao ano de 2021, o Brasil apresentou retomada no crescimento com 5% de avanço, uma mudança na queda registrada em 2019 e 2020.
Essa movimentação de retomada na automação foi impulsionada principalmente pela indústria nacional, enquanto o setor de Comércio e Serviços apresentou estabilidade registrada nos últimos 3 anos.
Ao observarmos o relatório na parte setorial, percebe-se um equilíbrio entre as diferentes regiões ao falarmos sobre automação. O GS1 percebeu oscilação nos anos de no máximo 0,01 ponto entre uma região e outra, sem apontar tendência específica da queda ou crescimento.
Além disso, dentro do período observado (2018 a 2021), a região Sul retomou o valor de 2019, auge do indicador no Brasil. O GS1 também realizou uma subdivisão entre Centro-Oeste e Norte, que anteriormente eram apresentadas juntas.
Ao olharmos os dados por porte de empresa, é possível perceber claramente que as maiores também possuem maior índice de automação.
No período analisado, o GS1 observou que as pequenas empresas estavam em uma crescente de desenvolvimento, com o melhor índice sendo justamente no ano pré-pandemia (2019), e sofrendo a partir daí uma redução graças aos impactos do COVID-19 nas indústrias.
Outro ponto capaz de impactar no índice é o nascimento de novas empresas, visto que nem todas as atividades começam com alto nível de automação. Por isso, pequenas indústrias podem jogar o valor do segmento para baixo.
Dois fatores de recuperação importantes para as indústrias foram as dimensões de análise de Relacionamento com o Cliente e Atendimento - ambas graças ao aumento do monitoramento de funcionários que, em muitos casos, começaram a trabalhar de maneira remota.
Ao observarmos o relatório na parte setorial, percebe-se um equilíbrio entre as diferentes regiões ao falarmos sobre automação. O GS1 percebeu oscilação nos anos de no máximo 0,01 ponto entre uma região e outra, sem apontar tendência específica da queda ou crescimento.
Além disso, dentro do período observado (2018 a 2021), a região Sul retomou o valor de 2019, auge do indicador no Brasil. O GS1 também realizou uma subdivisão entre Centro-Oeste e Norte, que anteriormente eram apresentadas juntas.
Ao olharmos os dados por porte de empresa, é possível perceber claramente que as maiores também possuem maior índice de automação.
No período analisado, o GS1 observou que as pequenas empresas estavam em uma crescente de desenvolvimento, com o melhor índice sendo justamente no ano pré-pandemia (2019), e sofrendo a partir daí uma redução graças aos impactos do COVID-19 nas indústrias.
Outro ponto capaz de impactar no índice é o nascimento de novas empresas, visto que nem todas as atividades começam com alto nível de automação. Por isso, pequenas indústrias podem jogar o valor do segmento para baixo.
Dois fatores de recuperação importantes para as indústrias foram as dimensões de análise de Relacionamento com o Cliente e Atendimento - ambas graças ao aumento do monitoramento de funcionários que, em muitos casos, começaram a trabalhar de maneira remota.
Principais tendências para indústria no Brasil
A indústria brasileira sofreu muito com a pandemia e teve, graças a isso, seu crescimento amplamente afetado. O índice, que chegou a 0,29 em todo o país, teve reduções significativas em todas as dimensões de análise, regiões e impactos em empresas de todos os tamanhos.
Contudo, os dados também mostram que o Brasil vem se livrando da centralização de polos industriais. É possível perceber uma maior descentralização regional no país graças aos novos polos industriais e programas de incentivo federais e estaduais no Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
Muitos desafios ainda existem. As avaliações por porte de indústria mostram um distanciamento entre as empresas de pequeno, médio e grande porte. Depois de 2019, os grandes negócios tiveram uma recuperação de seus índices, mas as PMEs continuaram com os indicadores de 2020.
As dimensões que tiveram maior aumento de distância foram Sistemas, Logística e Fábrica - 3 aspectos que chegam a ser duas vezes maiores nas grandes que nas pequenas empresas.
Isso mostra ainda um grande desafio na adoção de novas tecnologias por parte das PMEs brasileiras, em parte pela falta de capital para investimento, em parte pelo desconhecimento de novas tecnologias e ferramentas de automação.
Importante observar que esse índice de avaliação analisa não apenas a automação robótica, mas também outros sistemas, softwares e ferramentas que auxiliam na geração de resultados mais otimizados para as indústrias.
- Leia também: Inovação industrial: principais tendências para 2023
Robótica no Brasil com Cobots
O primeiro cobot foi apresentado ao mundo em 2005 pela Universal Robots e a primeira unidade instalada ocorreu no ano de 2008. Desde então, vem tomando cada vez mais espaço nas indústrias ao redor do planeta.
O objetivo dos robôs colaborativos é tornar a automação industrial mais acessível e inteligente, integrando e automatizando processos que normalmente são delegados a humanos.
Dessa forma, a automação libera os trabalhadores para tarefas mais significativas e de maior custo-benefício para a linha de produção, empoderando a mão de obra e garantindo maior satisfação dos profissionais.
O relatório World Robotics Report 2021 da International Federation of Robotics mostrou que, no Brasil, as instalações de novos robôs diminuíram 13%, chegando a 1595 novas unidades. Comparado a 2015, isso significa um crescimento anual de 3% (CAGR).
Ou seja, o país segue lento na adoção de robótica industrial devido a diversos fatores. Tivemos um câmbio que se desvalorizou, temos abundância de mão de obra e muitas incertezas políticas.
A UR acredita que a robótica é para todos porque reduzimos drasticamente a fricção em projetos, possibilitando uma automação de menor complexidade.
Por isso, assumimos o desafio de auxiliar a indústria brasileira no caminho da automação inteligente e, em 2020, implementamos uma equipe inteiramente dedicada no país para atender melhor o mercado regional.
Desde então, construímos excelentes casos de sucesso em manufaturas do país e levamos as soluções dos cobots para diversas fábricas em território brasileiro.
- Leia também: De Robôs de Lego aos Cobots: como Esben H. Østergaard mudou a robótica
Desafios da róbotica no Brasil
O levantamento da IFR sobre robôs no Brasil apontava que, em 2017, o Brasil tinha 12.373 robôs industriais, sendo responsável por 0,6% dos robôs instalados no mundo e, com isso, ocupando a 18ª posição no ranking de nações mais automatizadas.
Para alguns especialistas, segundo reportagem da VDI (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), os valores ainda estão muito abaixo do que o Brasil poderia ou deveria ter em termos de capacidade de automação.
Esses especialistas apontaram que muito ainda se concentra em aplicações de solda, manuseio ou montagem na indústria automotiva - sendo que mesmo esse setor, sempre capaz de impulsionar as inovações tecnológicas nas nações, está aquém do ideal.
Motivos para esse dado pouco expressivo incluem baixo nível de conhecimento em automação de equipes de engenharia nas empresas brasileiras, poucos profissionais capacitados para analisar situações e propor soluções, mentalidade de menor custo quando o ideal é uma abordagem de custo-benefício e outras mais.
A seguir, um breve resumo do cenário de robótica no país.
A história da robótica no Brasil
Falar em robótica no Brasil implica em também falar do setor de pesquisa de robótica para águas profundas e ultraprofundas, na prospecção e exploração de petróleo na costa brasileira. Assim, o artigo “Robótica no Brasil: relatos de pesquisa e desenvolvimento” diz que “A história da robótica brasileira é também parte da história do petróleo no Brasil”.
Na década de 1980, a Petróleo Brasileiro S.A - PETROBRAS, começou a buscar por hidrocarbonetos na Amazônia e também intensificar pesquisas e realizações positivas de descobertas de novas fontes de óleo na plataforma continental brasileira.
A partir disso, foi necessário entender, desenvolver e dominar tecnologias relacionadas a águas profundas - na época, os “impressionantes” 400 metros de lâmina d’água.
Foi dentro desse esforço que surgiu o Laboratório de Robótica do Centro de Pesquisas Leopoldo Miguez de Mello - CENPES, da PETROBRAS, onde deu-se início ao trabalho de pesquisa de manipuladores hidráulicos submarinos.
Hoje, o CENPES coleciona erros e acertos, incluindo um bom número de resultados positivos com intervenções inéditas no mundo e um volume expressivo de inovações que se transformaram em patentes.
Podemos citar entre o desenvolvimento robótico no país, 3 exemplos de tecnologias ligadas à exploração petrolífera: o robô GIRINO, o robô Chico Mendes e o dispositivo robótico de calçamento de dutos tipo came.
Robótica na indústria brasileira
É difícil encontrar dados mais sólidos sobre a robótica na indústria brasileira. Em parte, isso se dá pelo baixo volume de informações registradas.
Por outro lado, a baixa expressividade da tecnologia nos setores industriais brasileiros mostram como esse tipo de tecnologia só foi se desenvolver internamente no país no final do século XX através das ferramentas citadas anteriormente para a indústria petroquímica.
Através disso, percebemos uma imensa lacuna - e igualmente grande oportunidade - para o desenvolvimento das indústrias no país através da automação industrial.
Entre em contato com os especialistas da Universal Robots e descubra como podemos ajudar a sua manufatura a se destacar na competição local e global através da automação robótica colaborativa.
- Leia também: A evolução da robótica industrial: da indústria 1.0 à indústria 4.0