O guia definitivo para robôs de paletização - pt.1

Você precisa de robôs de paletização nas suas operações? Este artigo apresenta todos os argumentos necessários para validar a automação na sua fábrica e mostra quais são os benefícios reais da robótica em linha. Continue lendo para saber mais.

A automação vem sempre para solucionar problemas. Por isso, nunca deve ser pensada de maneira leviana e sem estudar os impactos na linha de produção. Uma automação não estudada corretamente deixa de ser investimento e se torna apenas um custo para a empresa.

Elencamos os principais problemas na paletização manual que devem ser observados na lista a seguir.

1. Produtividade

Paletização manual depende de trabalhadores. E é impossível uma pessoa se manter eficiente o dia inteiro sem pausas para descanso. Isso é ainda mais delicado nos casos de movimentos repetitivos com grandes pesos - os trabalhadores se desgastam e precisam de pequenas pausas para repouso.

Dessa forma, acabam interrompendo o serviço e reduzem a produtividade total do dia. Além desse ponto, também é importante notar que a velocidade máxima de carregamento de caixas para paletização por uma pessoa nunca será a mesma o tempo todo, e terá um limite orgânico.

Ou seja, humanos são mais lentos e precisam de pausas regulares.

2. Ergonomia

Carregar peso repetidamente gera sérios problemas de ergonomia para os trabalhadores. Tarefas como a paletização expõem os operadores a lesões por esforço repetitivo, acidentes de trabalho e doenças musculoesqueléticas.

Isso causa enormes problemas para as fábricas. Em primeiro lugar, porque as lesões exigem que os trabalhadores sejam afastados, o que reduz a mão de obra na linha e pede por mais contratações (ainda que temporárias).

Em segundo lugar, acidentes de trabalho e lesões podem levar à necessidade de indenizações e pagamento de tratamentos para os funcionários doentes - e isso pode impactar enormemente no caixa da empresa.

Portanto, problemas de ergonomia tiram trabalhadores da linha e mexem nas finanças das fábricas.

3. Número de turnos

Utilizar mão de obra humana para um ou dois turnos ainda é eficiente, mas a adição de um terceiro turno pode comprometer o orçamento das operações de Pequenas e Médias Empresas. Os adicionais associados aos salários e os diversos encargos, além da infraestrutura necessária para atender esse novo turno, demoram a se pagar.

Com um robô de paletização, contudo, as operações podem continuar em regime de lights-out (luzes apagadas) sem prejudicar nem comprometer o orçamento das fábricas, aumentando a produtividade da linha.

4. Integração com a linha

Uma grande dificuldade para escolha de uma solução de robótica para automatização é selecionar uma tecnologia que seja capaz de se integrar facilmente com a linha sem exigir grandes mudanças nos procedimentos.

Por conta disso, muitas empresas acabam abrindo mão da automação como solução para seus problemas.

A dificuldade de adaptar as novas tecnologias ao que já existe na linha pode atrasar o crescimento de diversas fábricas ao redor do mundo.

5. Utilização de espaço

Outro problema comum nas operações de paletização é a utilização de espaço para os procedimentos. Cada metro quadrado vale ouro para as fábricas. Por conta disso, quanto mais for possível realizar com o espaço disponível, melhor.

O problema é que soluções manuais costumam exigir muito espaço e a automação industrial tradicional pede por ainda mais - visto que são necessárias células de segurança e outros acessórios para garantir um procedimento realmente funcional.

Ser capaz de otimizar o espaço mesmo em operações de fim de linha como a paletização gera ganhos imensuráveis para os negócios.

Basicamente, quase todas as indústrias podem se beneficiar de robôs de paletização. Isso inclui, mas não se limita a:

• indústria química e farmacêutica;
• indústria de bebidas e alimentos;
• indústria de eletrônicos;
• indústria de móveis e equipamentos;
• indústria de medicina e cosméticos.

A melhor forma de inserir robôs de paletização na sua linha é com o uso de cobots - robôs colaborativos feitos para automação de tarefas normalmente realizadas por humanos.

Ao contrário de soluções industriais tradicionais, os cobots são flexíveis, leves, fáceis de programar, simples de implementar, ocupam pouco espaço no chão de fábrica e ainda aumentam a produtividade geral graças à repetibilidade e precisão.

Implementar um cobot na paletização exige um estudo prévio para analisar o número de caixas por minuto, o peso total carregado, qual a melhor garra robótica para a operação (garra elétrica com dedos, garra a vácuo etc.) e outros fatores mais.

Cobots são capazes de resolver todos os problemas supracitados:

1. Produtividade: Não precisam parar para descansar nem reduzem a velocidade por desgaste ao longo do tempo;
2. Ergonomia: Liberam trabalhadores para tarefas mais valiosas, como a programação e supervisão do próprio cobot;
3. Número de turnos: Podem operar em regime lights-out (luzes apagadas) em completa integração com a linha de produção;
4. Integração com a linha: São compatíveis com as principais tecnologias industriais do mercado e possuem diversos softwares e hardwares para complementar as operações;
5. Utilização de espaço: Ocupam pouco espaço no chão de fábrica e ainda podem paletizar simultaneamente dois pallets com a programação certa.

Na parte 2 deste artigo, explicamos melhor cada benefício gerado pelos robôs colaborativos de paletização.