O MTTR (Mean Time to Repair ou Tempo Médio de Reparo) é o indicador usado para medir o intervalo médio de tempo entre as falhas de um equipamento. Portanto, ele é importante para que as indústrias acompanhem a eficácia da manutenção e consequentemente garantir a disponibilidade dos equipamentos.
Por isso, é tão importante que a sua empresa saiba o que é MTTR, como calculá-lo e, principalmente, como reduzi-lo pode representar um salto significativo em produtividade.
Neste artigo, você vai entender o papel do MTTR na indústria, como ele impacta os resultados operacionais e como tecnologias como automação e cobots podem contribuir para melhorar esse indicador.
O QUE É MTTR E POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE?
Como mencionado acima, o MTTR é o indicador que mede o tempo médio gasto para reparar um equipamento após uma falha. Logo, é uma métrica essencial para entender a agilidade da equipe de manutenção e a eficiência do processo de recuperação dos ativos. Quanto menor o MTTR, menor o tempo de inatividade e maior a disponibilidade da máquina para operação.
Ele está diretamente relacionado à confiabilidade e à produtividade da linha de produção. Em um mercado onde minutos de parada significam perdas expressivas, o MTTR se torna um indicador estratégico.
FÓRMULA DO MTTR: COMO CALCULAR NA PRÁTICA
A fórmula do MTTR é simples:
- MTTR = Tempo total gasto em reparos / Número de falhas
Exemplo: se uma máquina apresentou 4 falhas em um mês e o tempo total gasto em reparos foi de 20 horas, o MTTR é:
Esse resultado indica que, em média, cada falha leva 5 horas para ser resolvida.
Esse dado precisa ser analisado em conjunto com outros KPIs, como o MTBF (Mean Time Between Failures), para uma visão completa da performance dos ativos. Entenda melhor as características de cada um a seguir.
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DIFERENÇA ENTRE MTTR E MTBF
Enquanto o MTTR mede o tempo necessário para reparar um equipamento após uma falha, o MTBF (Mean Time Between Failures ou Tempo Médio Entre Falhas) calcula o intervalo médio de tempo entre uma falha e outra.
- MTTR: Quanto tempo leva para consertar
- MTBF: Quanto tempo a máquina funciona antes de falhar novamente
Esses dois indicadores, quando analisados em conjunto, fornecem um panorama completo da confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos. Por exemplo, um equipamento com MTBF alto e MTTR baixo é ideal: falha pouco e, quando falha, é reparado rapidamente. Já um MTBF baixo combinado com MTTR alto é um sinal de alerta: falhas frequentes e demoradas prejudicam a eficiência.
Compreender a diferença entre os dois índices ajuda gestores a identificarem gargalos, priorizar investimentos em manutenção e definir estratégias mais assertivas para aumentar a disponibilidade operacional.
Em suma, a adoção desse indicador pode ajudar sua indústria na otimização dos processos de reparo, além de contribuir para redução de custos operacionais e aumento da produtividade.
COMO REDUZIR O MTTR COM TECNOLOGIAS INDUSTRIAIS
Para reduzir o MTTR na sua indústria, é importante contar com o suporte de tecnologias que vão contribuir para acelerar esse diagnóstico e a resposta ás falhas. Para te ajudar nessa missão, listamos abaixo algumas estratégias que podem ser adotadas:
SENSORES INTELIGENTES E IOT
Sensores instalados em máquinas permitem o monitoramento em tempo real de variáveis críticas como temperatura, vibração e consumo de energia. Com isso, é possível identificar anomalias antes que se transformem em falhas graves, agilizando a ação corretiva.
MANUTENÇÃO PREDITIVA BASEADA EM DADOS
Com a análise de dados históricos e machine learning, é possível prever quando uma falha vai ocorrer e intervir de forma planejada. Com isso, seu negócio é capas de evitar paradas inesperadas, reduzindo o tempo de reparo, pois a equipe já está preparada.
DIGITALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE MANUTENÇÃO
Sistemas de gestão de ativos (CMMS) facilitam o registro, acompanhamento e execução das ordens de serviço. O resultado é a redução do tempo entre a identificação da falha e o início do reparo.
TREINAMENTO E PADRONIZAÇÃO
Equipes bem treinadas e com acesso a procedimentos padronizados conseguem atuar com maior assertividade, diminuindo o tempo de diagnóstico e intervenção.
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O PAPEL DOS COBOTS NA REDUÇÃO DO MTTR
Por sua flexibilidade e facilidade de integração, os robôs colaborativos (cobots) podem ser incorporados a diversos processos de forma rápida e eficiente, contribuindo para a redução do MTTR.
Uma das formas mais diretas de atuação dos cobots na redução do tempo médio de reparo está na padronização e automação de inspeções de rotina. Quando equipados com sensores e câmeras, eles podem realizar verificações constantes de temperatura, alinhamento, desgaste de peças ou outras variáveis críticas, sem depender da intervenção humana. Com isso, os problemas são identificados no estágio inicial, facilitando um diagnóstico mais ágil.
Os cobots também podem executar tarefas de suporte durante o reparo, como posicionamento de peças, manipulação de ferramentas ou testes pós-reparo, permitindo que os técnicos foquem em atividades mais complexas e analíticas.
Outro ponto importante é a possibilidade de integração com sistemas de IoT e plataformas de análise preditiva. Ao alimentar continuamente bancos de dados com informações operacionais, os cobots ajudam a construir históricos ricos que aprimoram a tomada de decisão e antecipam falhas.
Além disso, os cobots ajudam a evitar falhas por sobrecarga ou erros humanos, uma vez que realizam tarefas repetitivas com alta precisão e constância.
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