Aperfeiçoar o modo de eliminar sistematicamente o excesso de produção e a inconsistência, além de acabar com o desperdício, foi o que ajudou a Toyota a se tornar a gigante no mercado automotivo que é hoje.
Muitas empresas começaram a implementar o modelo Toyota, mas falharam ao não entender completamente a filosofia que tornou a montadora japonesa tão bem sucedida.
Princípios do Método Toyota
O Método Toyota inclui 14 princípios que estão organizados em 4 pilares principais:
- Filosofia de longo prazo: Faça decisões de direção baseadas em uma filosofia de longo prazo, mesmo às custas de metas financeiras de curto prazo;
- O processo certo irá produzir os resultados certos: A ênfase incansável no processo é crítica para entregar valor de maneira sustentável. Isso significa criar um processo contínuo usando um sistema de puxar ao invés de empurrar, balanceando a capacidade e demanda, padronizando tarefas repetitivas e processos, e criando uma cultura de parar a linha quando os erros ocorrem, para que os problemas possam ser corrigidos assim que surgirem;
- Adicionar valor à organização ao desenvolver seu pessoal: Pessoas são o grande recurso de uma organização. Investir nos trabalhadores, apoiá-los, encorajar seus crescimentos, e tratá-los com respeito ao trabalhar continuamente para melhorar o ambiente onde trabalham é parte desse pilar. Isso inclui trabalhadores, clientes, vendedores e fornecedores.
- Resolver a raiz dos problemas orienta o aprendizado organizacional: Cada erro é um momento de aprendizado. Ao analisar, estudar e discutir abertamente quando, onde e como as coisas deram errado, as empresas podem aprender e crescer. O papel dos líderes é priorizar o aprendizado acima da perfeição - experimentar e resolver problemas conforme surgem, e compartilhar aprendizados para que os mesmos erros não sejam repetidos.
Todos esses quatro conceitos podem ser encontrados em implementações modernas de lean manufacturing. Contudo, através do século 20, conceitos do TPS foram mais ou menos descartados conforme as empresas desenvolveram suas próprias versões do lean manufacturing para maior personalização de suas estratégias.
Em uma tentativa de repetir o sucesso da Toyota, muitas empresas traduziram “ir para o Lean” como cortar desperdício, reduzir custos e reduzir pessoal: uma eliminação descabida de desperdício com pouca atenção à saúde geral do sistema.
Esse período também viu nascer outros métodos e ferramentas para aumentar a eficiência produtiva, muitos dos quais continuam sendo usados até hoje.
Exemplos desses métodos são:
- SMED (Single Minute Exchange of Die)
- TPM (Total Productive Maintenance)
- Kanban
- Six Sigma
- DMAIC (Define, Measure, Analyze, Improve, Control)
Todos eles têm suas diferenças, mas podemos dizer que, de maneira geral, o lean manufacturing já é presença quase absoluta nas manufaturas.