Podemos listar 5 tendências principais para a indústria de bens de produção. Confira agora quais são:
1. Aumento na importância de habilidades digitais para atrair, reter e treinar trabalhadores
A transformação digital para os fabricantes pode significar uma mudança nos produtos e serviços ou uma mudança completa como negócio. O impacto do COVID-19 mostrou quão rápidas podem ser essas transformações.
A disrupção da cadeia de suprimentos, exigências e regulamentações de governos aumentando e as mudanças nas capacidades de produção para atender aos consumidores são apenas alguns dos desafios das manufaturas.
A pandemia não apenas trouxe desafios com a produção, mas também destacou de maneira bem incisiva a necessidade de certas habilidades dentro das fábricas, em especial aquelas relacionadas às habilidades digitais.
Essas habilidades estão em falta na maioria das organizações, e atrair trabalhadores para dentro das empresas é uma maneira de se diferenciar competitivamente. Outro desafio envolve ainda conseguir manter esses profissionais dentro das empresas sem desestimulá-los.
Para isso, muitas manufaturas vêm investindo no treinamento de habilidades técnicas como operação de robôs colaborativos e tarefas mais gerenciais nas linhas.
2. Aceleração no investimento em automação
A velocidade e a complexidade das operações de manufatura estão aumentando mais rápido que nunca, e os processos manuais estão atrasando as organizações.
A dependência em tecnologias desatualizadas leva a maiores custos de fabricação, tempo perdido, dados imprecisos, latência na decisão, rastreabilidade limitada, comunicação pobre e falta de padronização de processos.
Os fabricantes precisam repensar suas abordagens e usar a tecnologia para eliminar alguns tipos de trabalhos manuais, permitindo que os trabalhadores foquem em tarefas de maior valor agregado.
A automação inteligente na indústria de bens de produção não elimina a mão de obra, apenas a realoca para onde pode ser melhor utilizada e onde irá gerar maior impacto no faturamento da empresa.
Além disso, as gerações mais novas de trabalhadores no mercado de talentos possuem as habilidades digitais que os empregadores precisam, mas não possuem o mesmo interesse em cargos nas indústrias.
Saber atrair essa mão de obra é fundamental para a longevidade dos negócios nos mercados vindouros.
3. Fábricas preditivas
O setor de manufatura adota de maneira precoce as tecnologias de automação inteligente. Até 2025, a transformação digital verá fábricas inteligentes (smart factories) com IA e previsão de demanda, resposta intuitiva a mudanças nos pedidos e mais.
A manutenção preditiva ajudará a identificar potenciais problemas antes que ocorram e a entender o impacto das ações antes de serem feitas.
De acordo com uma pesquisa, os níveis de automação nas fábricas irão subir de 69% a 79% na próxima década.
E a automação é mais bem sucedida quando está pronta para impactar todos os pontos de contato, com novas oportunidades desbloqueadas conforme a conectividade se expande a toda cadeia de valor da organização.
Exemplos disso incluem uma montadora automotiva que desenvolveu uma fábrica totalmente funcional em réplica digital de uma de suas unidades físicas.
A réplica virtual é capaz de simular a produção em escala. Com isso, a montadora pôde entender o impacto de ações e circunstâncias de seus trabalhos: da mudança na demanda dos consumidores a uma pandemia global, antes de ocorrerem.
Conforme a digitalização aumenta, também aumenta a ameaça aos dados, com desafios à segurança da informação industrial incluindo malwares, perdas de dados, DoS e mais.
Em resposta a isso, o gerenciamento remoto de segurança e as ferramentas de monitoramento serão cada vez mais importantes.
4. Manufatura descentralizada
O período pós-pandêmico já mostra como a indústria de bens de produção tem procurado modelos alternativos para minimizar as disrupções de serviço.
Uma abordagem em foco para os próximos cinco anos é a manufatura descentralizada, conforme as empresas adotam modelos hiper-locais com maior agilidade, responsividade e resiliência.
Um fabricante líder de vendas, por exemplo, desenvolveu um novo conceito de fabricação baseado em micro-fábricas que podem ser facilmente movidas e reformatadas em qualquer lugar do mundo, respondendo de maneira ágil a qualquer mudança de mercado.
A análise preditiva e sensores otimizados serão fundamentais ao sucesso da manufatura descentralizada na indústria de bens de produção conforme as empresas acumulam novos dados para entender as mudanças nos padrões de produção para responderem adequadamente.
5. Produção intencional
Até 2025, a transformação digital na manufatura garantirá aos fabricantes uma visão em tempo real de suas operações. Novos insights surgirão dessa visão ampla de forças enquanto as empresas coletam dados para tornar as operações mais eficientes e com um impacto ambiental mais positivo.
Uma vez que os sistemas Master Data Management (MDM) criam uma única versão das atividades dentro de uma empresa e as operações internas são padronizadas, os gerentes serão capazes de entender a ação necessária para mover a indústria em direção a um futuro mais sustentável.
As oportunidades para melhorar a eficiência energética e material serão reveladas quando as manufaturas tornarem suas operações intencionais: ou seja, quando pensarem não apenas no que é feito, mas em como e no que é gasto para isso.
A produção intencional para uma indústria mais sustentável impacta diretamente na escolha de tecnologias que aumentem a produtividade e reduzam o desperdício, garantindo que as matérias-primas sejam utilizadas ao máximo.