Indústria de móveis: características, dores e o uso de cobots nas aplicações

A indústria de móveis terá grandes desafios nos próximos anos para se manter atualizada e competitiva a nível global. Neste artigo, iremos explorar como os cobots podem auxiliar na resolução de problemas e impulsionar resultados.

A produção de móveis não é fácil. Esse nicho de mercado tem desafios de funcionalidade, apelo visual e produção de diferentes modelos.

As fábricas precisam lidar com a produção e montagem de partes feitas de materiais diversos, como madeira, plástico e metal, criando produtos sob demanda ou em grandes escalas a depender de cada empresa.

Contudo, já não se produz mais como antigamente. Enquanto ainda persistem alguns modelos de negócio tradicionais, com muita mão de obra humana em operações manuais, o mercado vem passando por uma grande transformação em suas configurações - tanto do lado dos consumidores quanto dos fornecedores.

Armazenamento fácil e conforto não são mais as únicas funções associadas aos móveis contemporâneos. Há demanda por acessibilidade à internet com um toque, fontes de energia para carregamento de aparelhos e mais.

Há uma demanda cada vez maior por móveis inteligentes em escritórios, com foco no impulsionamento da produtividade enquanto ainda são criados espaços estéticos. A mobília é parte do design de interiores, mas é mais do que apenas decoração.

Enquanto as exigências dos consumidores aumentam, as empresas responsáveis pela produção precisam encontrar soluções que os novos mercados exigem.

Análise da indústria de móveis global

Alguns estudos da World Furniture Confederation mostram receita de quase 400 bilhões de dólares anuais. Nos EUA, apenas, a fabricação de móveis envolve mais de 20.000 empresas e lucro anual de aproximadamente 60 bilhões de dólares.

Essa indústria produz móveis para uso pessoal, doméstico, espaços públicos, hospitais, teatros, cafeterias, escolas, escritórios, restaurantes etc. Por isso, seu alcance e tamanho de mercado.

A indústria de móveis sofre principalmente com variação na qualidade de acabamento dos produtos, consistência na produtividade, falta de mão de obra qualificada, baixa ergonomia nas tarefas e dificuldade para automação em um mercado sempre mutável.

Da parte da variação na qualidade de acabamento dos produtos, com o uso de mão de obra humana para execução das principais tarefas de montagem, polimento e parafusamento, há uma margem natural.

Humanos não foram feitos para trabalhar muitas horas numa mesma ação, é natural que nossos cérebros fiquem desgastados e deixemos passar alguns erros.

Dentro dos problemas de qualidade, isso pode se traduzir em retornos de produto, necessidade de destruição de estoque ou refações custosas para sua empresa.

Agora, em termos de consistência na produtividade, a mão de obra humana também oferece limitações. Humanos podem executar apenas um certo número de ações por minuto sem se desgastar a longo prazo nem apresentar algum problema de saúde.

Isso impacta principalmente as tarefas de montagem, com grande repetibilidade de ações. Só é possível produzir mais se puder otimizar cada segundo gasto na linha, e isso é impossível com trabalhadores atuando em determinadas tarefas.

Além disso, a falta de mão de obra qualificada impacta muitas empresas ao redor do mundo. Nem sempre as fábricas de móveis encontram os trabalhadores certos para suas linhas. E esses postos de trabalho vagos acabam atrasando o crescimento do negócio como um todo, já que a demanda máxima não pode ser atingida.

Por fim, a dificuldade de automação em um mercado mutável traz grandes empecilhos. Como adquirir maquinário se a programação e configuração da maioria dos sistemas é custosa, depende de profissionais qualificados e costuma realizar apenas um tipo de procedimento? Investir em uma automação tradicional limita muitas empresas de móveis.

Os robôs colaborativos são soluções flexíveis para a indústria de móveis, já que resolvem os principais problemas do setor graças às suas características de design. Em primeiro lugar, são fáceis de programar e instalar, o que elimina a necessidade da contratação de um profissional especializado apenas para tomar conta do robô.

Cobots podem ser programados por trabalhadores treinados por cursos online e gratuitos como os que possuímos aqui na Universal Robots e adquirir conhecimentos mais avançados com nossas ofertas.

Além disso, podem atuar em tarefas normalmente realizadas por humanos como Aplicação de Polimento, Lixamento, Cola, Inspeção visual, manipulação de produto e carga/descarga de máquinas e muito mais. Essas tarefas apresentam desafios próprios como os que citamos acima, e ter a capacidade de automação resolve grandes gargalos produtivos.

Robôs irão sempre usar a mesma quantidade de produtos para misturar ingredientes, farão sempre o mesmo corte preciso e aplicarão a mesma pressão no parafusamento. Podem levantar cargas sem se cansar, o dia todo, e ainda são capazes de realizar inspeções de qualidade sem deixar que erros mínimos passem despercebidos.

Mas apenas falar sobre os benefícios da robótica colaborativa pode não ser suficiente para alguns tomadores de decisão nas fábricas. Por isso, separamos alguns casos de sucesso da implementação de cobots na indústria de móveis. Confira.

Cases de cobots na indústria de móveis

Case 1 - Franke

A Franke é uma fabricante de cozinhas suíça que queria otimizar a produção de pias de cozinha para reduzir custos e aumentar a competitividade.

Na busca por uma solução, optaram por um cobot UR5 para ajudar com as tarefas de produção repetitivas e de baixo impacto dentro de uma área confinada.

Conheça mais do case abaixo.

Desafio

Imagine ter que produzir mais de 10.000 pias de cozinha por ano e garantir a segurança em todas elas. Essa é uma das missões da Franke.

Depois que a chapa de alumínio é prensada, blocos de encaixe são colados em ambos os lados. Essa tarefa repetitiva podia ser automatizada para economizar cola e reduzir as chances de erros humanos na colagem dos blocos de encaixe.

Contudo, o desafio estava na identificação de uma solução que fosse simultaneamente capaz de aplicar a cola e fixar os blocos em todos os lados.

Solução

Para resolver esse desafio, a Franke contou com a Universal Robots e a aplicação de um braço robótico UR5. Esse robô garantiu uma operação segura e flexível sem a necessidade de célula de segurança, podendo girar 360° - o que é perfeito para a montagem de blocos por todos os lados.

A solução de automação completa com o UR5 oferece precisão inigualável e usa uma quantidade de cola especificada pelo software PolyScope do robô. Isso garantiu à Franke uma economia com estoque de materiais danificados e desperdiçados.

Depois da implementação do cobot, a Franke liberou trabalhadores para tarefas de maior valor agregado e gerou maior satisfação com o trabalho. Além disso, vem estudando o uso de novos cobots em outras partes da linha produtiva, operando lado a lado com os funcionários.

Case 2 - RSS

A RSS é uma empresa norte-americana fabricante de registros e conexões para torneiras que buscava aumentar velocidade de produção e maior capacidade no maquinário existente para competir com concorrentes estrangeiros.

Ao aplicar um cobot UR5 à linha, conseguiu 30% a mais de capacidade e outros benefícios impressionantes. Conheça mais sobre a história abaixo.

Desafio

A RSS Manufacturing and Phylrich fica na Califórnia e tinha como missão atender um novo pedido mensal de 700 registros.

Para isso, contavam com uma máquina CNC com capacidade de produção de 400 registros de torneira por mês em dois turnos. Então, mesmo com a adição de um terceiro turno, não seriam capazes de atender à meta no prazo adequado.

A empresa também não pretendia comprar outra máquina CNC, então decidiu pesquisar por uma solução robótica que pudesse corresponder à produção de pequenos lotes altamente especializada com tempo de execução de serviço de no máximo 24 horas.

Solução

Para tantas exigências, um cobot flexível como o UR5 foi escolhido. Esse braço robótico foi usado sem interrupções e, em 11 dias, o pedido de 700 registros de torneiras estava pronto para ser enviado.

E esse foi apenas o primeiro passo com a robótica colaborativa dentro da RSS. O UR5 foi implementado para alimentar tubos em um dobrador de tubos, mas a equipe teve uma surpresa.

“Não esperávamos que o robô pudesse operar com tanta rapidez. Ele expandiu tanto os limites do dobrador que sua parte hidráulica superaqueceu e começou a apresentar defeitos. Mas ele produziu 1.500 peças em quatro horas. Teríamos levado de dois a três dias para conseguir isso com trabalho manual. Agora, otimizamos o dobrador para acompanhar o robô.”

A RSS conseguiu não apenas aumentar a velocidade de produção sem comprar novas máquinas CNC, como também conseguiu aproveitar 30% a mais da capacidade no maquinário existente.

Quer saber como a robótica colaborativa pode trazer benefícios para sua fábrica? Fale com nossos especialistas hoje mesmo e agende uma avaliação de automação.

Você podefazer como a Móveis Florense, empresa do Rio Grande do Sul que decidiu aplicar um cobot em suas operações de lixação, uma área que gerava grandes gargalos produtivos para a fabricante.

Por isso, não deixe de entrar em contato para saber como garantir uma implementação inteligente para a realidade da sua indústria.