Guia completo para implementação de cobots UR

Os robôs colaborativos (cobots) são uma maneira econômica de aumentar a produção e o tempo de entrega, otimizar seus processos e melhorar a qualidade no chão de fábrica. Mas, embora um cobot seja muito mais simples e rápido de configurar e colocar em funcionamento do que um robô industrial tradicional, ainda há algumas preparações que precisam ser feitas.

Preparamos este artigo para esclarecer de uma vez por todas todos os detalhes sobre a implementação de um robô colaborativo da Universal Robots. Continue lendo e tire as suas dúvidas.

Existem duas características principais envolvidas na escolha de um cobot. São elas:

1. A carga útil máxima que o cobot pode carregar
2. O alcance de trabalho do cobot.

Para responder com mais precisão essas duas questões, é preciso examinar o  processo ou aplicação que você deseja automatizar.

Qual é o peso que o cobot precisará carregar ou mover durante a aplicação? Isso inclui a ferramenta ou os mecanismos de preensão, além de qualquer peça ou produto sendo movimentado.

Para o alcance de trabalho, qual é o tamanho da área em que o cobot irá operar? Qual é a distância entre as estações que o cobot precisa atender? Qual é o tamanho da peça com a qual o cobot precisa trabalhar ao redor? Essas questões podem ser um pouco mais difíceis de determinar, portanto, a assistência de ferramentas de layout CAD pode ajudar a simplificar o processo.

Esses dois fatores determinantes que citamos também não devem ser considerados de forma independente. Eles influenciam-se diretamente. Quanto mais pesada for a carga útil que precisa ser movida, normalmente, maior será o cobot necessário. Além disso, um maior alcance de trabalho normalmente significa que será necessário um cobot maior, com maior capacidade de carga útil.

Há ainda outros fatores a serem considerados. Por exemplo, o peso e a área de montagem do cobot determinarão o tipo de superfície de montagem necessária. A superfície precisa ser rígida o suficiente para suportar as forças que o cobot pode exercer, não apenas durante o processo de aplicação, mas também durante situações inesperadas, como uma parada de emergência enquanto carrega a carga útil máxima em velocidade máxima.

Os cobots são uma das ferramentas mais fáceis de introduzir automação industrial no chão de fábrica, mas isso não significa que eles podem simplesmente ser colocados em qualquer ambiente. É preciso garantir que sua área de trabalho esteja pronta.

Diferentemente dos robôs industriais, os cobots oferecem um processo de instalação mais fácil devido ao seu design e funções intrinsecamente seguras.

Os recursos colaborativos, proporcionados pelo design de juntas com limitação de potência e força, permitem que seus colaboradores humanos interajam diretamente com os cobots. Mas ainda assim será necessário realizar uma avaliação de risco completa. Afinal, é preciso garantir que você tenha as medidas adequadas para permitir que humanos e cobots colaborem de forma segura e eficaz.

Isso pode significar o uso de proteções de segurança, sensores de segurança, posições de montagem alternativas ou operação em velocidades reduzidas.

Além disso, nossos cobots contam com um recurso que os desativa automaticamente se entrarem em contato acidental com um humano, mas ainda é uma boa prática garantir que o braço não se mova rápido demais, conforme determinado pela sua avaliação de risco.

Lembre-se: seu novo cobot pode fazer muito, mas não pode fazer tudo. É papel dos gestores garantirem um uso mais estratégico da sua força de trabalho humano. Isso significa deixar as tarefas monótonas, pesadas e repetitivas para o robô e as tarefas de maior valor para sua equipe.

Se você deseja aumentar a eficiência de suas operações, subutilizar o potencial humano da sua equipe é uma armadilha na qual não deve cair. Para evitar isso, certifique-se de dedicar um tempo para realmente estabelecer os processos e fluxos de trabalho que farão o melhor uso de todos os seus recursos.

Leia também:* Automação de fim de linha: vantagens de adotar cobots nessa etapa de produção*

Após a escolha do cobot certo e da preparação do ambiente de trabalho, é chegada a hora de desembalar seu robô e configurá-lo.

Como já mencionado anteriormente, um dos principais benefícios dos cobots é facilidade para colocá-los em operação em comparação com outras soluções robóticas.

Alguém com pouca experiência em engenharia de automação pode colocar um de nossos cobots para funcionar e agregar valor ao negócio em menos de uma hora.

Para obter o máximo desempenho do seu cobot, a etapa de instalação e configuração é fundamental. Confira a seguir uma visão geral de alguns pontos que você precisa considerar.

Configuração de carga útil

É importante que o cobot seja configurado para lidar com o tipo correto de carga útil.

Não fazer isso corretamente significa correr o risco de movimentos imprecisos ou instáveis do robô, além de ter que lidar com paradas frequentes devido a movimentos inseguros e muitas interrupções.

A configuração incorreta de carga útil pode também reduzir a vida útil do cobot e minimizar o valor do investimento.

Além disso, você precisa garantir que possui os efetores finais (end effectors) e garras (grippers) adequados para as tarefas que deseja que o cobot execute.

Oferecemos uma grande variedade de opções por meio do nosso ecossistema UR+, portanto, você deve conseguir encontrar exatamente o que precisa.

Leia também: Os benefícios de um ecossistema robótico

Proteções no ambiente de trabalho

A última coisa que você deseja é que seu cobot sofra danos desnecessários causados pelo ambiente de trabalho, não é mesmo? Então, certifique-se de adotar as proteções adequadas.

Por exemplo, se o cobot for trabalhar com materiais corrosivos, como fluidos de corte que carregam partículas atomizadas ou refrigerantes corrosivos que podem degradar rapidamente vedações de borracha, você deverá cobri-lo com um traje protetor evitar danos às vedações e componentes.

Programação de movimento

Por fim, será necessário ensinar seu cobot a se mover de maneira eficaz para executar sua tarefa da melhor forma.

Essa é uma parte fascinante do processo, mas exigirá algum raciocínio e até um pouco de matemática.

Veja algumas considerações a serem feitas:

• Defina o raio de transição (blend radius) ideal para que o cobot se mova de forma contínua entre os trajetos, sem precisar parar completamente em cada ponto de passagem. Isso ajuda a otimizar o desempenho e reduzir o tempo de ciclo.
• Verifique também se os diferentes raios de transição (blend radii) não estão se sobrepondo, pois isso pode fazer com que o cobot ignore alguns pontos e não complete o movimento corretamente.
• O valor de aceleração define a velocidade de resposta do cobot durante a execução das tarefas. Valores muito altos podem aumentar o risco para os operadores e causar desgaste desnecessário em redutores e juntas.
• Por fim, certifique-se de que as paradas de proteção estejam ativadas, garantindo que o cobot interrompa o movimento caso detecte uma carga incorreta ou colida com outros dispositivos ou equipamentos.

Quando seu cobot estiver em plena operação, você deverá começar a ver os benefícios imediatamente.

Na verdade, nossos clientes frequentemente observam retorno sobre o investimento (ROI) com nossos cobots em um ano ou menos.

Dedicar o tempo necessário para implementar adequadamente seu novo colega robótico é a chave para liberar todo o potencial da automação industrial.

Ainda ficou com alguma dúvida sobre o tema? Fale com nossos consultores agora mesmo e saiba mais.