A tecnologia funciona como se fosse uma "ponte de comunicação" e garante que diferentes dispositivos industriais sejam capazes de trocar informação rapidamente, com segurança e padronização.
A tecnologia funciona como se fosse uma "ponte de comunicação" e garante que diferentes dispositivos industriais sejam capazes de trocar informação rapidamente, com segurança e padronização.

Dentro do contexto da Indústria 4.0, as empresas precisam lidar com uma série de tecnologias que se integram entre si, como máquinas, sensores, softwares e sistemas de gestão, por exemplo. Para que isso funcione corretamente, é necessário que haja um elo central e é justamente esse o papel do gateway.
A tecnologia funciona como se fosse uma "ponte de comunicação" e garante que diferentes dispositivos industriais sejam capazes de trocar informação rapidamente, com segurança e padronização.
Preparamos este artigo para aprofundar o conceito de gateway industrial. Vamos apresentar ainda quais são seus tipos e benefícios da inclusão na linha de produção na manufatura.
Como adiantamos acima, um gateway industrial é a tecnologia responsável por conectar redes ou sistemas distintos. Ele permite que todos eles se comuniquem mesmo utilizando protocolos diferentes.
O gateway vai traduzir, filtrar e organizar todos os dados desses sistemas. Ou seja, ele atua como um tradutor universal entre equipamentos.
Na prática, o gateway vai transformar as informações das máquinas, sensores e controladores em dados compreensíveis para sistemas superiores, como softwares de supervisão (SCADA), MES (Manufacturing Execution System) e ERP (Enterprise Resource Planning).
Ele é fundamental para ambientes industriais que lidam com diferentes fabricantes e tecnologias, pois, como se sabe, nem todos os equipamentos "falam a mesma língua".
Leia também: Redes industriais: o que são, principais tipos e para que servem
Explicamos abaixo, de forma resumida, o funcionamento de um gateway:
Dessa forma, o gateway permite que uma linha de produção automatizada compartilhe informações de diferentes tecnologias em tempo real com sistemas corporativos, o que ajuda a viabilizar decisões rápidas e inteligentes.
O gateway industrial é importante para as indústrias por quatro motivos principais, sendo eles:
Portanto, pode-se concluir que sem gateways, a indústria teria dificuldades para consolidar informações e transformar dados brutos em inteligência de negócio.
Pense na tecnologia de gateways como se fosse um filtro inteligente que é responsável por analisar dados que circulam entre redes. Essa tecnologia vai identificar inconsistências ou ameaças, além de bloquear informações comprometedoras para manter a segurança.
De forma geral, existem dois tipos principais de gateways:
Além desses, podemos destacar duas classificações bastante utilizadas em cenários industriais:
Um gateway unidirecional vai permitir o fluxo de dados em um único sentido. Isto é, as informações serão enviadas de uma fonte para um destino, sem possibilidade de retorno.
Por exemplo, em uma infraestrutura de energia, atualizações críticas feitas em um servidor central podem ser replicadas para uma estação de monitoramento. Essa estação recebe os dados em tempo real, mas não consegue enviar informações de volta, evitando riscos de comprometimento do servidor principal.
Esse tipo de abordagem é fundamental em ambientes críticos, como o setor financeiro ou de energia, onde a proteção da fonte é prioridade absoluta.
No sistema bidirecional é possível que haja troca de dados nos dois sentidos, de forma simultânea.
Um exemplo prático está em sistemas bancários: quando um cliente realiza uma transação no aplicativo, o gateway garante que a atualização seja refletida imediatamente no sistema central do banco, e vice-versa. Isso assegura sincronização total entre os ambientes.
Outro caso comum é em e-mails corporativos: os gateways bidirecionais garantem que mensagens enviadas ou recebidas sejam atualizadas em tempo real em todos os dispositivos conectados.
Portanto, esse modelo é essencial em operações que exigem precisão e agilidade, já que permite que ambos os lados da comunicação estejam sempre alinhados.
Os gateways podem assumir diferentes formatos e funções de acordo com a aplicação. Listamos alguns exemplos abaixo:
Funcionam como servidores intermediários no modelo cliente-servidor. São capazes de armazenar em cache páginas da web, acelerando o acesso a sites frequentemente visitados e ainda oferecem maior segurança no tráfego.
Utilizados em telefonia VoIP e videoconferências, eles convertem sinais de áudio ou vídeo para formatos adequados às redes digitais. Exemplo: transformar áudio analógico em dados digitais para transmissão pela internet.
Coletam e traduzem dados de sensores conectados em projetos de Internet das Coisas, enviando-os para análise em nuvem. Exemplo: em uma fazenda inteligente, sensores de umidade enviam informações para um sistema de gestão agrícola.
Gateways que convertem sinais analógicos em digitais para permitir a transmissão de dados via linhas telefônicas ou cabos coaxiais.
Responsável por intermediar transações financeiras em e-commerces. Exemplo: verificar e autorizar uma compra online entre cliente, comerciante e banco.
Integra plataformas de logística e e-commerce, calculando custos de envio e atualizando status de entregas em tempo real.
Roteadores: muitas vezes atuam como gateways, conectando redes domésticas ou corporativas à internet e traduzindo protocolos de comunicação.
Dispositivos ou softwares que monitoram e controlam o tráfego de dados, bloqueando acessos não autorizados.
Gerenciam chamadas de API entre diferentes serviços, facilitando a integração e o controle de acesso em sistemas complexos.
Soluções como VPNs, proxies ou gateways VoIP, que oferecem camadas adicionais de tradução, criptografia ou segurança no tráfego de informações.
Leia também: Os 10 protocolos de comunicação mais usados na automação industrial
É um dispositivo que conecta sistemas distintos, traduzem protocolos e organizam dados para que a comunicação seja eficiente.
O roteador conecta redes semelhantes, enquanto o gateway integra redes ou sistemas com protocolos diferentes.
Normalmente entre a rede de automação (chão de fábrica) e a rede corporativa ou nuvem.
Sim, desde que configurados corretamente e atualizados, eles vão atuar como barreira de proteção.
Não é recomendado. Ambientes industriais exigem gateways específicos, preparados para protocolos e exigências da automação.
Não. CLPs controlam processos, enquanto gateways apenas interligam sistemas.
Sim. Eles permitem que robôs colaborativos troquem informações com sistemas de supervisão e ERP, logo, ajudam a ampliar a eficiência produtiva.
Falhas de comunicação, perda de dados, baixa eficiência e maior exposição a vulnerabilidades cibernéticas.
Sim. Muitos modelos permitem atualizações de firmware para acompanhar novos protocolos.
Como analisado ao longo do artigo, o gateway industrial é uma tecnologia indispensável na era da Indústria 4.0. É essa tecnologia que vai garantir a interoperabilidade entre máquinas, sistemas e softwares, funcionando como uma ponte de comunicação inteligente e segura.
Seja em pequenas empresas ou grandes corporações, o gateway possibilita que dados fluam de forma confiável.
Quando usado em conjunto com os robôs colaborativos da Universal Robots, essa tecnologia ajuda a simplificar ainda mais os processos e gera mais valor para a indústria, transformando a complexidade da comunicação industrial em eficiência e produtividade.
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