No ambiente industrial, tarefas que exigem elevação dos braços acima da cabeça ou posturas inclinadas são comuns e podem levar à fadiga muscular e lesões, especialmente nos ombros e costas. Estudos laboratoriais utilizando sensores de eletromiografia (EMG) demonstraram que a atividade muscular do ombro aumenta significativamente com a elevação dos braços, elevando o risco de lesões.
A fadiga muscular é um fator crítico na ocorrência de lesões ocupacionais. Pesquisas indicam que a força de preensão e a amplitude de movimento do cotovelo diminuem com a fadiga, afetando a eficiência e segurança do trabalhador.
O uso de exoesqueletos tem se mostrado eficaz na redução da atividade muscular durante tarefas exigentes. Por exemplo, um estudo realizado por Bradley Chase, diretor do laboratório de ergonomia da Universidade de San Diego com o exoesqueleto Levitate Airframe revelou uma redução estatisticamente significativa de 33% na atividade muscular do ombro/pescoço durante tarefas de trabalho exigentes. Essa diminuição na carga muscular pode levar a maior segurança, conforto e produtividade do trabalhador.
Além disso, em ambientes industriais reais, como nas fábricas da John Deere e da Toyota no Canadá, o uso de exoesqueletos resultou em reduções significativas na atividade muscular de músculos como o deltoide anterior e o bíceps braquial. Esses resultados sugerem que os exoesqueletos podem ser uma intervenção prática para reduzir lesões no ombro sem aumentar as cargas lombares.
Portanto, a implementação de exoesqueletos no ambiente industrial melhora a ergonomia e reduz o risco de lesões, e também pode aumentar a eficiência e produtividade dos trabalhadores. Ao considerar os exoesqueletos como Equipamentos de Proteção Individual (EPI), as empresas podem oferecer uma solução eficaz para a prevenção de lesões musculoesqueléticas, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.