Cycle Time: o que é, importância e como otimizar o indicador

Cycle time é um indicador importante para avaliar a eficiência produtiva nas indústrias, além de ajudar na identificação de gargalos e oportunidades de melhorias.

Ao longo deste artigo vamos trazer mais detalhes sobre o tema. Continue a leitura para entender:

• O que é cycle time?
• Cycle time vs lead time
• Exemplos de cycle time
• Como calcular o cycle time?
• Por que é importante reduzir o tempo de ciclo
• Como mapear o cycle time nas etapas do processo?
• Técnicas eficazes para otimizar o cycle time
• Como reduzir o cycle time na manufatura com cobots
• FAQ: dúvidas frequentes sobre o tema
• Conclusão: corte seu tempo de ciclo com a Universal Robots

Cycle Time, traduzido como tempo de ciclo, é o tempo necessário para concluir uma unidade dentro do processo produtivo, iniciando quando o trabalho efetivamente começa na operação e terminando quando essa unidade está pronta para a próxima etapa. Não inclui esperas anteriores, compras, aprovações administrativas ou transporte externo.

Diferentemente do cycle time, o lead time corresponde ao tempo total desde o recebimento do pedido até a entrega ao cliente, incluindo esperas e etapas administrativas.

Em resumo: o **cycle time mede apenas a execução do trabalho (**não considerando compra de matéria-prima nem planejamento do pedido), enquanto o lead time inclui todas essas fases.

• Soldagem: do primeiro ao último ponto de solda;
• Inspeção: da entrada da peça até a liberação;
• Embalagem: do início da montagem da caixa até o item paletizado.

Agora que você já sabe qual é o conceito do cycle time, é hora de compreender melhor como ele pode ser calculado de forma prática e simples.

Fazer esse cálculo é importante para ajudar seu negócio a identificar claramente o tempo gasto em cada etapa do processo produtivo. Isso vai facilitar a identificação de gargalos e oportunidades de melhoria.

Para realizar o cálculo corretamente, é fundamental medir precisamente o tempo gasto em cada unidade de produção, excluindo pausas e tempos de espera.

FÓRMULA do CYCLE TIME

O cálculo do cycle time é bastante simples e pode ser feito pela seguinte fórmula:

Cycle Time (CT) = Tempo total gasto em um processo específico / Número de unidades produzidas nesse período

Por exemplo, se uma linha de produção gasta 8 horas para produzir 400 unidades, o Cycle Time será:

CT = 8 horas / 400 unidades = 0,02 horas por unidade (ou 1,2 minutos por unidade)

Diminuir o cycle time não é só “acelerar a linha”: é trabalhar de forma mais inteligente. Quando cada etapa leva menos tempo, a produção flui melhor, os prazos encurtam e o dinheiro volta mais rápido para o caixa.

Na prática, isso significa:

• Entregas mais rápidas e prazos mais confiáveis;
• Mais produção com os mesmos recursos, sem comprar novas máquinas;
• Menos custos e desperdícios, porque há menos espera, retrabalho e movimentação;
• Qualidade mais estável, com menos variação entre uma peça e outra;
• Mais flexibilidade para mudar o mix de produtos sem bagunçar a linha.
• Clientes mais satisfeitos, o que ajuda a vender mais e melhor.

Como mostrar o resultado: compare o “antes e depois” olhando poucos números simples: tempo por peça, peças por hora, quantidade de retrabalho e porcentagem de pedidos entregues no prazo.

Se você está querendo reduzir o cycle time na sua indústria, o primeiro passo é mapear o ciclo em detalhes em todas as etapas produtivas. Isso envolve:

• Identificar cada etapa do processo;
• Medir o tempo gasto em cada etapa;
• Analisar e registrar gargalos e pontos críticos que aumentam o tempo total.

Uma abordagem comum para realizar esse mapeamento é o uso da metodologia Value Stream Mapping (VSM), que permite visualizar claramente onde estão os desperdícios e as oportunidades de melhoria.

Mas afinal, como é possível reduzir o ciclo de tempo dos processos industriais? Existem várias técnicas reconhecidas pela indústria para reduzir o Cycle Time. Listamos algumas das mais utilizadas abaixo:

• Lean Manufacturing: Aplicação de técnicas como 5S, Kaizen e Just-In-Time, eliminando desperdícios e otimizando processos;
• Automação industrial: Uso de máquinas e equipamentos automatizados para executar tarefas repetitivas com maior precisão e rapidez.
• Robôs colaborativos (cobots): Capazes de trabalhar em parceria com humanos, otimizando tarefas repetitivas com eficiência e segurança.

Os robôs colaborativos podem ser usados para automação de tarefas repetitivas, monótonas, pouco ergonômicas e potencialmente perigosas, normalmente realizadas por humanos

Os cobots são fáceis de instalar, programar e utilizar na linha, o que ajuda a reduzir o tempo de planejamento para começarem a rodar, além do tempo para treinar a equipe em sua utilização (basta um treinamento gratuito e online na Universal Academy para conseguir operar comandos básicos de um cobot da Universal Robots) e o tempo para posicioná-lo na sua fábrica.

Como os cobots foram feitos para trabalhar lado a lado com humanos, após uma avaliação de risco eles podem ser, muitas vezes, instalados sem o uso de células de segurança, o que reduz os custos do investimento e também diminui a necessidade de alterações na linha.

A fácil implementação dos cobots já os torna um investimento muito mais agradável mesmo para as menores empresas.

Além disso, os cobots são precisos, confiáveis e podem realizar tarefas com grande autonomia. O que por sua vez aumenta a qualidade final dos produtos. E com uma cadência robotizada que não precisa de pausas, descansos nem altera sua velocidade de trabalho, são muito produtivos.

Os trabalhadores, em sua grande maioria, são liberados para operações de maior valor agregado nas indústrias. Isso reduz o desemprego que poderia ser esperado da automação, fideliza trabalhadores e ainda qualifica sua mão de obra.

Com tudo isso, cobots produzem mais no mesmo período de tempo e cometem muito menos erros, reduzindo o tempo de ciclo na fabricação e diminuindo as chances de aumento no tempo de avaliação dos produtos (com descartes e novos lotes para substituir peças quebradas)

- Leia também: Implementação de automação robótica: como começar?

Reunimos abaixo as principais dúvidas sobre o cycle time. Algumas delas já foram abordadas ao longo do texto, mas concentramos todas nesta seção para facilitar sua consulta. Confira!

O que é cycle time?

Cycle time é o tempo necessário para concluir uma unidade dentro do processo produtivo, começando quando o trabalho de fato se inicia na operação e terminando quando a unidade está pronta para a próxima etapa. Não inclui esperas anteriores, compras, aprovações administrativas ou transporte externo.

Qual a diferença entre cycle time e lead time?

O cycle time mede apenas a execução do trabalho na operação. Já o lead time é o tempo total do pedido até a entrega ao cliente, incluindo esperas, processos administrativos, armazenamento e transporte.

Qual a diferença entre cycle time e takt time?

Takt time é o ritmo exigido pelo mercado: tempo disponível de produção dividido pela demanda do período. É uma meta de ritmo. Cycle time é o tempo real para produzir uma unidade. Se o CT for menor ou igual ao takt, você atende a demanda; se o CT for maior, surgem filas e atrasos.

Como calcular o tempo de ciclo?

Use a fórmula: Cycle Time = Tempo total do processo específico ÷ Número de unidades produzidas no período. Ex.: 8 horas para 400 unidades → CT = 0,02 h/unid (≈ 1,2 min/unid). Na medição unitária, registre apenas o tempo efetivo de execução, excluindo pausas e esperas.

Reduzir o cycle time é o caminho mais curto para entregar mais, melhor e mais rápido — sem necessariamente investir em novas linhas.

Depois de mapear etapas, medir seu baseline e atacar gargalos, a automação colaborativa dá o salto: os cobots da Universal Robots são fáceis de instalar e programar, trabalham lado a lado com a equipe após avaliação de risco e ajudam a estabilizar qualidade enquanto encurtam o tempo por peça.

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