Adicionando valor humano único a bens produzidos em massa
É uma aposta segura que a fábrica de 2035 será muito diferente da fábrica de hoje, mas provavelmente não da maneira que se esperava. Desde a primeira Revolução Industrial, quando a mecanização hidráulica e a energia a vapor passaram a automatizar trabalhos, antes realizados manualmente, mais trabalho foi assumido pelas máquinas.
Desde então, cada avanço tecnológico, de computadores e robótica à Internet, trouxe automação adicional. Agora, um número crescente de fabricantes está mudando para configurações para fábricas “lights out”, que podem produzir bens que as pessoas exigem rapidamente, com alta qualidade consistente, a um custo baixo sem precedentes e com pouca intervenção humana.
Mas, e a indústria do futuro?
Ironicamente, no mesmo momento em que a fábrica “lights out" começou a ganhar força nas configurações de fabricação reais, surgiu uma tendência de consumo global bastante diferente. De cervejas artesanais a produtos de luxo feitos à mão e, às vezes, completamente personalizados, os produtos que apresentam a marca inequívoca do envolvimento humano estão em demanda como nunca antes.

O fabricante de dispositivos médicos, Tegra Medical, em Boston, EUA, instalou três robôs UR. Dessa forma, liberou 11 profissionais de tempo integral de tarefas repetitivas de manutenção de máquinas. “Quando vemos um operador que não faz nada além de carregar uma peça a cada 10 ou 20 segundos, tentamos agregar mais valor a ele, treinando-o em novas habilidades, seja uma operação diferente ou fazendo com que ele se torne o próprio supervisor do cobot que assumiu sua função”, Afirma Hal Blenkhorn, Diretor de Engenharia da Tegra Medical, destacando que a chegada dos cobots não resultou em redução de pessoal.
Na Universal Robots pensamos nessa tendência como "o retorno do toque humano" e acreditamos que a demanda por isso é impulsionada pela necessidade humana fundamental de se conectar com outras pessoas. Não com simulações na forma de robôs, inteligência artificial e assim por diante, mas seres humanos reais, com corpos humanos, experiências humanas, fragilidades humanas e histórias humanas para contar. Isso é algo que a tecnologia não pode substituir, porque os artefatos técnicos simplesmente não são humanos.
A fábrica de 2035
Essa tendência é a razão pela qual nós da Universal Robots acreditamos que a Fábrica de 2035 apresentará trabalhadores colaborando com robôs, realizando tarefas mais alinhadas com seus talentos e capacidades humanas.
Apesar do medo das pessoas de que a tecnologia, sobretudo os robôs, substitua os humanos, a história mostra que os avanços tecnológicos, incluindo aqueles que dão origem às revoluções industriais, são, na verdade, criadores de empregos. No entanto, existe um certo deslocamento envolvido, como feito pela Tegra Medical.
A automação torna certas tarefas desnecessárias, no entanto, também cria outras. Dessa forma, novos postos de trabalho em diferentes campos surgem graças aos avanços tecnológicos disruptivos.

A fabricante de equipamentos odontológicos, Nichrominox, em Lyon, França, está muito satisfeita com os resultados alcançados com seus cobots da Universal Robots. Além de diminuir o trabalho enfadonho de tarefas monótonas e reduzir o risco para os funcionários, os cobots tiveram um impacto imediato para a empresa, proporcionando um ganho instantâneo de 10% na produtividade.
Personalização máxima
A Universal Robots acredita que a demanda em massa pelo toque humano, ou o que costuma ser descrito como “personalização em massa”, nunca será atendida pela fabricação em grande escala, nem por artesãos tradicionais trabalhando em suas próprias pequenas lojas. A sociedade parece estar exigindo qualidade, sofisticação e baixo custo associados à produção em massa e ao toque humano, que você obtém de algo feito à mão.
Nós nos referimos à reintrodução do trabalho humano à manufatura, especialmente no que se refere ao uso de nossos robôs colaborativos, ou cobots, como 'Indústria 5.0'. As configurações da 'Indústria 5.0' farão produtos com alto valor agregado, que constitui o toque humano. Dessa forma, os trabalhadores que serão necessários nas fábricas da Indústria 5.0 são aqueles que têm um valor particular a agregar ao produto em questão. Eles devem ter experiência em uma área necessária para dar ao produto o grau de toque humano que o mercado exige.
Assim, que não será necessário são trabalhadores que passam os dias realizando tarefas tediosas, repetitivas ou perigosas, já que robôs e outras máquinas podem assumir esses trabalhos.
Em 2035, as fábricas “lights out” serão uma parte vital da fabricação do produto. O mundo precisa de milhões de produtos que não requerem nenhum toque humano para serem valiosos. Mas, também haverá muito mais fábricas da Indústria 5.0 em 2035, e essas fábricas empregarão trabalhadores com habilidades exclusivamente humanas.
Esses empregos não garantirão que as pessoas em todos os lugares amem seus empregos, eles não levarão a nenhuma utopia. Mas, acreditamos que essas tendências ajudarão a humanizar o trabalho e tornar o mundo um lugar melhor para se trabalhar.