Apesar de Asimov ter escrito suas leis com uma perspectiva futurista e ficcional, muitos dos seus princípios ainda são relevantes na robótica e na inteligência artificialde hoje.
Preparamos uma análise para entender melhor como cada uma das leis podem ser aplicadas na robótica moderna. Confira a seguir:
Lei 1: Proteção do humano
A Primeira Lei de Asimov estabelece que os robôs não devem causar dano a seres humanos. Na robótica industrial, esta lei se traduz na importância da criação de sistemas e regulamentos seguros e confiáveis. Ou seja, fabricantes de robôs devem ter como uma de suas prioridades o desenvolvimento de mecanismos que garantirão a segurança das pessoas que atuarão em conjunto com a tecnologia.
Robôs colaborativos, como os da Universal Robots, por exemplo, são projetados com sensores robóticos e mecanismos de segurança que garantem uma interação segura com os operadores humanos. Eles têm a capacidade de detectar e parar imediatamente quando detectam uma possível colisão, protegendo os trabalhadores de possíveis ferimentos.
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Lei 2: Obediência as ordens humanas
A Segunda Lei afirma que os robôs devem obedecer às ordens humanas, desde que isso não entre em conflito com a Primeira Lei.
Na prática industrial, isso se reflete na capacidade dos robôs de realizar tarefas específicas conforme programado pelos operadores humanos. Ou seja, deve-se haver uma hierarquização onde os humanos definem as tarefas a serem executadas.
Os cobots, por exemplo, são robôs altamente adaptáveis, logo, podem ser programados para executar uma ampla gama de funções enquanto respeitam as diretrizes de segurança.
Lei 3: Autoproteção
A Terceira Lei, que prioriza a autoproteção dos robôs, deve ser considerada em termos de manutenção e operação na robótica industrial atual.
Os cobots, por exemplo, são fabricados com tecnologia robusta e durável, contudo, sua manutenção é fundamental para garantir um funcionamento contínuo e eficiente.
Os fabricantes de cobots, como a Universal Robots, projetam seus robôs com sistemas de monitoramento que identificam problemas antes que se tornem sérios, promovendo a longevidade e a operação segura dos robôs.
Lei Zero: O bem da humanidade
A Lei Zero, introduzida em "Robôs e Império", amplia o conceito das leis anteriores para incluir a proteção da humanidade como um todo.
Na prática da robótica moderna, podemos traduzir esta lei para a consideração de impactos ambientais e sociais. Ou seja, fabricantes de robôs devem desenvolver tecnologias que possam otimizar as operações industriais, mas sem deixar de lado a preocupação com o impacto ambiental gerado.
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