Uma das principais razões para as garras hidráulicas raramente serem usadas em automação colaborativa é que as capacidades de carga raramente batem.
Por razões de segurança, facilidade de instalação, custo, mobilidade e impacto no chão de fábrica, robôs colaborativos são desenvolvidos para capacidades de carga abaixo da força de garras hidráulicas, ficando normalmente com cargas de até 16kg.
Por isso, para praticamente todas as aplicações desenvolvidas para robôs colaborativos, usar uma garra hidráulica seria um exagero muito caro.
Se você precisa levantar pesos de 500 kg, por exemplo, um robô industrial tradicional com garra hidráulica em uma célula de segurança podem resolver. Mas para os clientes da Universal Robots, as garras pneumáticas oferecem a densidade de energia adequada para aplicações como montagem, manuseio de material e alimentação de máquinas.
Além disso, como garras hidráulicas possuem pistões e partes com fluidos, sua manutenção é mais recorrente comparada às garras elétricas e pneumáticas. Não apenas, mas também é mais complexa, mais cara, e exige técnicos especializados para manter os níveis de óleo e reservatórios em dia.
Isso destaca outro aspecto importante para a preferência das garras pneumáticas para aplicações colaborativas: os robôs colaborativos são desenhados para operações por colaboradores sem experiência prévia.
Então, adicionar um sistema hidráulico complexo a um robô colaborativo aumentaria a dificuldade de uso média do sistema robótico em questão.
Como usam ar no lugar de fluidos líquidos, robôs de garras pneumáticas podem ser usados em salas esterilizadas. Em comparação, garras robóticas hidráulicas são muito problemáticas - em especial nos casos de falhas e vazamentos que afetam a célula de trabalho.
Por regra, a ANVISA não permite que produtos de automação com graxa ou fluidos inorgânicos integrem as linhas produtivas no segmento alimentício, já que os riscos de vazamento de produto tóxico no alimento estão presentes.
Em termos de custo, como dito anteriormente, as garras hidráulicas são muito mais caras que suas contrapartes pneumáticas.
Então, para quem escolhe os robôs colaborativos pelo baixo custo comparado à automação tradicional, não há sentido lógico em escolher uma garra cujo valor pode ser facilmente maior que do robô em si.